sábado, 27 de setembro de 2008

Não invocar o nome da JUSTIÇA em vão...




Não estou mandatado por qualquer serviço de JUSTIÇA nem tenho procuração para A defender mas permitam-me este desabafo:
Acho lamentável que se instrumentalize o aparelho de Justiça para fazer política.
Os últimos episódios, quer no Governo quer na oposição, são disso exemplo.
Que dizer de um Conselho de Governo que se reúne para criticar a falta de celeridade do Tribunal Administrativo no caso dos cartazes do BE sobre o desemprego?
Como interpretar, senão como pressão ilegítima, a acusação ao Tribunal (ainda por cima injusta e só quem não está por dentro dos meandros da Justiça pode considerar tardia uma decisão proferida ao fim de menos de dois meses -com férias judicias pelo meio) de dilatar os prazos dos procedimentos processuais?
E como interpretar a 'guerra' tonta entre João Carlos Gouveia e João Isidoro com ameaças do tipo 'Vai tudo para tribunal'?
E como interpretar os sucessivos aproveitamentos políticos de acções e decisões judicias e judiciárias do género 'estão a ver como o dossier corrupção tinha razão'?
É MODA USAR A JUSTIÇA COMO ARMA DE AREMESSO POLÍTICO. Para o bem e para o mal. Ao sabor das conveniências. É chão que dá uvas.

Não vou por aí!!!

Deveria haver um 11.º mandamento do género 'Não invocar o nome da JUSTIÇA em vão'.

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