segunda-feira, 30 de junho de 2008

Estado "mete o nariz" em Tudo

Foi publicado a 6 de Maio de 2008, no Diário da República, o Decreto-Lei n.º 78/2008, de 6 de Maio, que estabelece, até 31 de Dezembro de 2008, um regime transitório e excepcional para o cancelamento de matrículas.
O diploma entrou em vigor no dia 12 de Maio.
O artigo 3.º deste decreto-lei permite que os proprietários de veículos destruídos ou desmantelados, entre 1 de Dezembro de 2000 e 6 de Maio de 2008, (data da publicação do diploma), possam solicitar ao IMTT o cancelamento da matrícula, apesar de não disporem do certificado de destruição.
Por outro lado, nos termos do seu artigo 5.º, será efectuado o cancelamento automático das matrículas atribuídas entre 1 de Janeiro de 1980 e 31 de Dezembro de 2000, caso os veículos não tenham sido inspeccionados nos últimos 5 anos.
O IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres) procede ao cancelamento da matrícula, mediante declaração do proprietário do veículo presumivelmente destruído ou desmantelado, desde que cumulativamente se verifiquem as seguintes condições:
1. O veículo não tenha sido submetido a inspecções periódicas obrigatórias depois da data de destruição declarada;
2. Não tenha havido pagamentos do respectivo seguro automóvel;
3. Não tenham sido adquiridos os selos correspondentes ao Imposto Municipal sobre Veículos, Imposto de Circulação ou Imposto de Camionagem.
O cancelamento da matrícula está sujeito ao pagamento de uma taxa de € 30,00.
Mas o que é mais grave são os "Cancelamentos automáticos":
Até 31 de Dezembro de 2008, serão canceladas automaticamente as matrículas de veículos que se encontrem nas seguintes situações:
a) Veículos matriculados entre 1 de Janeiro de 1980 e 31 de Dezembro de 2000, desde que não tenham sido submetidos a inspecção periódica obrigatória depois de 1 de Janeiro de 2003.
b) Veículos para os quais tenha sido requerida apreensão para efeitos de regularização da propriedade, e que não tenham sido apreendidos nos 6 meses seguintes.
Reposição de matrículas canceladas por falta de inspecção periódica obrigatória
Os proprietários de veículos cujas matrículas tenham sido canceladas pelas circunstâncias previstas na alínea a) acima referida e que os mantenham em circulação, estão sujeitos a que o veículo seja apreendido pelas autoridades fiscalizadoras.
A reposição da matrícula poderá ser solicitada ao IMTT durante um prazo de 6 meses contados a partir de 12 de Maio de 2008. Para o efeito, o veículo terá de ser sujeito a inspecção extraordinária e aprovado num Centro de Inspecção da categoria B. Nestas condições a reposição da matrícula ficará isenta de taxa.

Comentário:

Sob o pretexto de actualizar a base de dados do IMTT (sucedâneo da velha Direcção-Geral de Viação) põe-se em causa direitos, liberdades e garantias.
Então será que não posso ter em casa (na garagem, no quarto, na sala, debaixo do colchão) um carro antigo que é meu (não do ESTADO) já andou nas estradas, que pagou impostos (IA, Imposto de Circulação, IVA e Imposto Petrolífero por via dos abastecimentos de combustível) sem que o Estado venha agora beliscar os meus direitos, liberdades e garantias.
Sei que não posso andar na estrada sem inspecção e sem seguro. Não o faço. O carro está guardadinho. É meu. É património da família.
Quando bem entender regularizo a situação sem que o Estado venha dizer que a matrícula está cancelada. Mais caricato é dar apenas 6 meses para repor a eventual matrícula cancelada.
Com que direito!
É o mesmo que dizer que o registo de propriedade da minha casa será cancelado em breve. Haja tino!
Alguém (sugiro o ACP) que levante a inconstitucionalidade deste Decreto-Lei.

Devagar... a furar

"A água que cai devagar fura melhor a rocha do que uma cascata"
Provérbio grego

sábado, 28 de junho de 2008

Marcelino Pão & Vinho

"Marcelino Pão & Vinho" é um dos filmes mais populares da história do cinema.
Trata-se da história de Marcelino, um órfão encontrado na porta de um mosteiro e criado por 12 frades.
Certo dia, Marcelino oferece, durante a sua refeição, um pedaço de pão e um pouco de vinho a uma imagem de madeira de Jesus, que aceita a oferta e passa a conversar com o menino. É o início de uma grande amizade.
Entre a sinopse do filme e o mais recente episódio do também popular autarca de Santo António se houver relação entre a ficção e a realidade é mera coincidência.
O presidente da Junta de Freguesia de Santo António terá proferido palavras, no palco, no dia do encerramento das Festas de Santo António que o Ministério Público (MP) está a analisar depois de um auto de notícia lavrado pela PSP.
As palavras até terão sido gravadas pelo que resta aguardar pelo desfecho deste caso. Até porque, segundo o autarca, estavam no local mais de 1.500 pessoas (tanta testemunha!). Se se tratam se "massacres e calúnias", as instituições aí estão para aferir do que aconteceu.
O que me causa estranheza é a postura que o autarca veio hoje assumir, no Jornal da Madeira:
1.º) Estranha que alguém tenha gravado palavras que proferiu em público sem lhe transmitirem essa intenção.
Das duas uma. Ou o Sr. presidente é ingénuo (o que não me parece pelos ano que leva disto) -é que num arraial vai gente de todas as cores partidárias; ou anda distraído, desconhece que neste país se fazem escutas ilegais.
Sendo certo que, em qualquer das situações, o que conta é o foi dito.
2.º) Vem o Sr. Marcelino dizer que o que os dois polícias que estiveram presentes no arraial ("muito novos", veja-se a subtileza da linguagem) queriam era mostrar trabalho às chefias. Francamente! Tudo menos essa desculpa!
3.º) Vem o autarca dizer que as palavras que proferiu foram para tentar acalmar o povo. Pergunta-se...mas havia alguma rebelião!? Algum montim!? Algum levantamento popular!?
Parece que não à excepção dos crónicos foliões que, quando a banda pára de tocar, gritam "só mais uma!".
Para rematar:
Tal como no filme, parece que Marcelino é muito bem cuidado pelos monges, mas sente sempre a falta de qualquer coisa (no filme era de uma mãe).
Por outro lado, há algumas semelhanças entre o Marcelino (o do filme) que encontrou, um dia, um amigo especial, no sótão proibido, pendurado numa cruz e outros Marcelinos com amigos especiais. Amigos que retribuem a bondade de Marcelino, concedendo-lhe desejos do fundo de coração.
Que se esclareça a verdade!

Os sábios e os tolos

"Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem "
Provérbio oriental

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sobre as agressões em tribunais

Pelo menos 16 tribunais em todo o país registaram casos recentes de violência.
As mais recentes agressões a juízes aconteceram no Tribunal de Santa Maria da Feira.
Ainda me está na memória o roubo do computador portátil a uma juíza do Tribunal Judicial do Funchal. "Casa" que tem outros episódios ímpares como a fuga de arguidos pelas janelas.
Tenho três comentários a fazer a este tipo de situação:
1.º) Denotam um crescente desrespeito pela AUTORIDADE (visível noutros sectores da sociedade)
2.º) Há instalações de tribunais que são uma autêntica vergonha (segundo a Associação Sindical dos Juízes Portugeses há mais de dez tribunais em Portugal a funcionar em instalações provisórias... há anos).
3.º) Não é em salões improvisados de corporações de bombeiros e, lembram-se, por cá, até houve megajulgmanetos na Cadeia do Funchal, que se impõe Respeito e Autoridade.
Ninguém se intimida em frente de um palco ou num qualquer auditório.
Falta toda a simbologia que caracteriza uma sala de audiências e que, por si, tem um efeito inibidor.
Disse...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Tiros nos pés

A proposta de lei que estipula a atribuição de um subsídio de insularidade aos funcionários públicos e aos elementos das forças de segurança em funções na Madeira está em discussão na Assembleia da República.
Trata-se de uma proposta de Lei enviada pelo Parlamento regional onde foi aprovada.
Tudo indica que a proposta será “chumbada” pela maioria PS na Assembleia da República.
O diploma considera da "mais elementar justiça social atribuir aos funcionários públicos e aos elementos das forças de segurança a exercerem funções nesta região um subsídio de insularidade que se traduza num acréscimo de remuneração de 10% sobre o seu vencimento base", que deve ser pago de uma só vez, em Março de cada ano.
Com o "chumbo" de São Bento, com que cara ficam os políticos, de lá, perante as forças de segurança a exercer cá?
Devo dizer que foi confrangedor ouvir um deputado do PS eleito pela Madeira (Jacinto Serrão) a defender um chumbo à proposta sustentando que ela é demagógica e eleitoralista.
Senhor deputado, bem sei que o subsídio seria suportado através do Orçamento de Estado, mas escusa de dizer sempre sim a Lisboa.
O seu papel não é fácil como não será fácil explicar aos funcionários e agentes em efectividade da administração pública regional e local da Madeira e os elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda nacional Republicana (GNR), Serviços de Informações de Segurança (SIS), Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e pessoal do corpo de Guarda Prisional colocados na região que foi uma maioria PS na Assembleia da República a lhes negar um provendo.
Presumo que não deverão contar com o voto destes nas próximas eleições!!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Quem é o Mugabe Europeu?

Em declarações ao Jornal da Madeira, Alberto João Jardim disse que José Sócrates é um "ditadorzinho potencial, como se vê nesta coisa de fazer leis para fechar a imprensa que lhe é adversária".
Ainda ao Jornal da Madeira, o presidente do Governo Regional chama ao primeiro-ministro "Mugabe da Europa".
"Está obcecado contra uma parte do território nacional, contra um povo, que é o madeirense, e quer fechar a imprensa que lhe é adversa. É nitidamente um Mugabe", declarou Alberto João Jardim ao matutino.
As reacções não se fizeram esperar:
O presidente do PS/Madeira, João Carlos Gouveia disse que Jardim está "a ver-se ao espelho".
O porta-voz do PS, Vitalino Canas, disse que as declarações são "excessivas e, certamente, impensadas".
E são-no, de facto, à semelhança de outras declarações públicas/ enxovalhos já produzidas pelo líder regional:
Um breve resumo:
Tropas "efeminadas"; "loja de rancores" (António Loja); Mário Soares "senil"; "Sr. Silva" (Cavaco Silva); "Pinto de Sousa", "ladrão" (José Sócrates); "traidores", "colaboracionistas", "vendidos" (oposição/alguma comunicação social); "bastardos [jornalistas] para não chamar filhos da puta"; Edite Estrela "deliquente socialista"; etc...
E são-no, de facto, à luz de reacções truncadas, desta feita de Jardim, quando Jaime Gama, noutros tempos que não na abertura do congresso recente da ANAFRE o comparou ao ditador africano, Bukassa.
Veja algumas das expressões usadas por Jardim:

[O Diário de Notícias] é o boletim oficial do Partido Comunista" e com o DIÁRIO também estão a RTP e a RDP
Alberto João Jardim, 18 de Agosto - Porto Santo
"Se algum energúmeno do sítio (Gaula) protestar pelo adiamento, vá a Lisboa buscar o dinheiro que nos roubaram"
Alberto João Jardim, 10 de Janeiro
"Esse indivíduo exótico (João Carlos Gouveia, líder do PS-M) foi lá posto pelo grupo que é controlado pelos comunistas"
Alberto João Jardim, 21 de Agosto - Porto Santo
"Se isso aconteceu, tenho de dizer que essa atitude é própria de pulhas e rascas, de gente sem educação"
Alberto João Jardim, sobre o caso do 'menino azul'"
"O casamento homossexual não é uma causa, é deboche e degradação dos valores morais dos portugueses"
Alberto João Jardim, 18 de Agosto - Porto Santo
"Uma entrevista (Albuquerque na RTP) profundamente marcada pelos complexos pessoais da dama que entrevistava"
Alberto João Jardim, 17 de Agosto - Porto Santo
"O mau cheiro no Porto Santo é só desde que chegou aqui o jornalista do Diário de Notícias"
Alberto João Jardim, 18 de Agosto
"São uns ovnis (direcção do PS-M)", "são baratas, uns idiotas úteis e colaboracionistas ao serviço de Lisboa"
Alberto João Jardim, 18 de Agosto - Porto Santo
"Ela (Célia Pessegueiro) é que tem algo para resolver", mas "eu não resolvo problemas com todas, sou muito selectivo"
Alberto João Jardim, 27 de Agosto - Porto Santo
"[As cartas do leitor] são um método comunista que todos sabemos como são fabricadas"
Alberto João Jardim, 19 de Agosto - Porto Santo

terça-feira, 24 de junho de 2008

Gália 0 Romanos 1

Não vou comentar os resultados de Domingo sobre as eleições para a Assembleia de Freguesia de Gaula.
Apenas transcrever excertos da Wikipédia, a enciclopédia livre sobre o termo "Gauleses"
Aqui vai:
O termo gauleses designa um conjunto de populações celtas que habitava a Gália, provavelmente a partir da Primeira Idade do Ferro (cerca de 800 A.C.)
Os gauleses dividiam-se em diversas tribos ou povos, por vezes federados, cada um com cultura e tradições originais.
Os arqueólogos ligam as civilizações gaulesas à civilização celta de La Tène (chamada assim a partir do nome do sítio descoberto no lago Neuchâtel, Suíça).
A civilização de La Tène expandiu-se no continente na Segunda Idade do Ferro e desapareceu na Irlanda, durante a Idade Média.
Independentes sem estarem unificados, os gauleses foram derrotados militarmente pela República Romana em duas etapas
O momento culminante da campanha foi a derrota da coalizão gaulesa chefiada pelo arverno Vercingetorix, em Alésia, em 52 a.C.
Ao que parece, a pacificação completa dos gauleses não foi obtida senão durante o reinado de Augusto.
Os gauleses dividiam-se em povos, um total de 44 na época da conquista romana.
Formavam a Gália celta e foram incorporados à chamada Gália romana.

Comentário: Veja agora as coincidências com a actualidade (tribos, idade do ferro, arqueólogos, derrotados em duas etapas, campanha, etc..)

Qualquer semelhança com a realidade é mera aparência

domingo, 22 de junho de 2008

Pensamento do dia: Dificuldades

"As dificuldades são como as montanhas.
Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas."
Provérbio japonês

sábado, 21 de junho de 2008

Pensamento do dia

"Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida".
Provérbio chinês

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O choradinho sobre o JM!

O Governo Regional da Madeira diz que a proposta legislativa aprovada ontem em Conselho de Ministros que limita a posse dos órgãos de comunicação social por parte dos poderes públicos "é um projecto pleno de radicalismo" e uma vingança política.
O Secretário Regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro usou um argumento, no mínimo, falacioso. Disse que de trata de "um diploma que ataca a diversidade e pluralismo da comunicação social existente na Madeira".
Falacioso porquê?
Porque, ainda que, em tese, não existisse o Jornal da Madeira, continuaria a haver pluralismo na Madeira.
Seria fastidioso enumerar o número e os nomes de órgãos de informação na Região mas, Sr. Secretário, aqui vai o nome de alguns:
-RTP-Madeira
-LUSA
-RDP-Madeira
-Diário de Noticias
-TSF-Madeira
-Posto Emissor do Funchal
-
Diário Cidade
-
Tribuna da Madeira
-Garajau
-Desporto Madeira
-Diário da Madeira
-Revista Sabr
-Revista Fiesta
-Revista Madeira Essentiel
-Várias rádios locais
-Correspondentes da TVI, SIC, DN-Lisboa, Público
Ufff!
Isto para não falar de blogues, boletins municipais, diário da Calheta (on-line), etc..
Ora, começam a ser crónicos, redundantes e demagógicos os argumentos para manter um título que sobrevive à custa de milhões de euros dos nossos impostos.
E não me venham com o choradinho dos postos de trabalho que isso não cola. Foi chão que já deu uvas.
Mais grave é o 'dumping' publicitário que andam a fazer
Defendo que o Governo Regional deveria assumir o gigantesco passivo do JM e devolver o título à Diocese do Funchal ou entregá-lo às gestão, livre de ónus e encargos, a um cooperativa de jornalistas

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Como?! Digam lá outra vez!

Verdadeiramente intrigante a proposta da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) de transferir os custos das facturas incobráveis da electricidade para todos os clientes.
Ainda por cima tendo a DECO a sensação de que os custos dos incobráveis já estão a ser actualmente pagos pelos clientes de forma "encapotada".
Como?! Digam lá outra vez!
Ou seja, paga o justo pelo pecador...
Seremos nós, cumpridores mensais, a pagar a factura dos caloteiros?
Bem sei que o dom da partilha e da solidariedade é verdadeiramente cristão mas não desta forma.
Este país está verdadeiramente às avessas.
Seremos nós a premiar os maus pagadores e, eventualmente, os maus gestores porque parte dos incobráveis poderá dever-se à ineficiência da empresa nessas cobranças.
Trata-se de um incentivo à malandrice, à esperteza salóia e aos crónicos e doentios comportamentos de péssima cidadania.
Indignem-se!!
Aceitem o conselho da Associação Portuguesa do Direito ao Consumo (APDC) e, se for caso disso, deitem mão da Lei dos Serviços Públicos Essenciais para recusar-se a pagar esse acréscimo.
Da minha parte, não contem comigo para desembolsar 63 euros para a empresa 'Electricidade da Madeira' limpar a rubrica das cobranças duvidosas.
Sugiro que contratem um cobrador do fraque ou recrutem um Al Pacino.
Disse!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sexta-feira 13

A Polícia Judiciária do Fucnhal deteve um indivíduo de 23 anos suspeito da autoria de um crime de homicídio no Curral das Freiras. Foi o segundo homicídio conhecido em menos de 24 horas na Região. É que, também na sexta-feira, dia 13 de junho, foi assassinado um homem de 28 anos, em Machico, cujos responsáveis já estão em prisão preventiva.
Não é que eu seja superticioso mas que há coincidências, lá isso há.
Uma Sexta Feira 13 ou seja, uma sexta-feira no dia 13 de qualquer mês, é considerada popularmente como um dia de azar.
O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerados um número de coisas completas como 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus, 12 signos do zodíaco e por ai vai. Já o 13 é considerado um número irregular. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é cinsiderado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) temos o mais azarado dos dias.
Só por curiosidade diga-se que a "triscaidecafobia" é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de "Paraskavedekatriaphobia" ou "parascavedecatriafobia", ou ainda "frigatriscaidecafobia".
É tão bom ter a Wikipédia por perto!

A estranha bola de pedra!

Uma pedra em forma de esfera caiu domingo do telhado do Palácio dos Cônsules, na Rua da Conceição onde, como se sabe, funcionam os tribunais Administrativo e Fiscal e de Família e Menores do Funchal.
Por pouco, como conta o Diário, o acidente não ia estragando a Festa dos Altares de São João. Atingiu apenas uma cadeira e alguns copos.
A enigmática esfera foi recolhida pelo proprietário de um dos bares da zona e, se alguém a quer ver, pode consultar o Diário de hoje, página 11.
Porquê uma esfera de pedra? Porquê nos Altares de São João? Porquê do Palácio que alberga serviços de Justiça? Porquê nas cercanias das instalações da Junta de Freguesia da Sé?
Vou aventar possibilidades:
*Esfera de pedra: Será algum meteorito? Algum sinal do Além de que a terra é redonda e que Newton tinha razão (Conta a lenda que Newton percebeu um dia, quando estava debaixo de uma macieira e uma maçã lhe caiu na cabeça que a força que fazia cair a maçã era a força da gravitação universal). Não consta que haja Newtons na Praça do Carmo e arredores mas lá tudo o que sobre também desce e todos os corpos são atraídos para a terra lá isso é verdade.
*Altares de São João: Uma pedra a cair por ocasião dos Altares de São João só pode significar que o santo está descontente. Afinal, n acidade, a capela com o seu nome fica mais a oeste, perto de uma ribeira que também tem o seu nome.
*Porque caiu a esfera do Palácio que alberga serviços de Justiça: Esta parte dá-me mais gozo de comentar. Vejamos. Diz-se que a justiça é cega. Tão cega que a Dita terá tropeçado e deixado cair a esfera. De onde? Da jurisdição administrativa e fiscal ou de família e menores? Estou mais inclinado para a primeira. Porquê? Porque o Tribunal Administrativo tem feito muitas "bolas" no estômago de muita gente desta terra.
*Porquê nas cercanias da Junta de Freguesia da Sé: Abstraindo das ilações religiosas (Santa Sé, instituição, não é o mesmo que devoção popular, fé) talvez seja um sinal ao actual inquilino da Junta para que não se candidate nas próximas autárquicas.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Bota anda distraído?!

O presidente da sub-comissão de Turismo da Assembleia da República e presidente da distrital do PSD-Algarve, Mendes Bota confessou, sábado, que desconhecia que o a partir desse dia, o ferry espanhol "Volcan de Tijarafe" passaria a ligar a Madeira ao Continente, mais concretamente à "sua" cidade de Portimão.
Das duas uma. Ou o histórico dirigente do PSD-Algarve anda distraído (o que não denotou quando se apressou a exigir a suspensão da nova marca 'Allgarve' apresentada pelo governo socialista) ou houve efectivamente falta de promoção no "ferry" no Algarve. As duas distracções são censuráveis.
Cara Dr. Mendes Bota, é por estas e por outras que encaixa que nem uma luva (diria que nem um 'barrete de orelhas') o títudo do seu livro lançado em 2005 intitulado “Algarve Amargo e Doce”.

sábado, 14 de junho de 2008

De armas e bagagens para "Cuba"

A partir de hoje, o ferry espanhol "Volcan de Tijarafe" passa a ligar a Madeira ao Continente. mais concretamente a Portimão.
O navio que tem o dobro da tonelagem do nostálgico navio "Funchal", dotado de estabilizadores, que asseguram uma navegação mais traquila em caso de agitação marítima, com 154 metros de comprimento, por 24,20 metros de boca (largura) apresenta-se como uma excelente alterantiva para quem quer fazer férias lá fora, cá dentro.
O navio dispõe de várias salas climatizadas com poltronas, as salas estão equipadas com LCD que transmitem filmes. Um salão de refeições, um salão com bar, com 2 andares onde se efectua espectáculos e dança, uma piscina com solário e bar, um heliporto, garagens e camarotes com WC e duche privativos são algumas das ofertas.
No fundo, trata-se de um mini-cruzeiro numa viagem relativamente rápida entre a Região e o Sul do Continente em cerca de 21 horas.
Ora digam lá se "cuba" não fica aqui tão perto!
Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Que é como quem diz, se o Terreiro do Paço não assegura a tão famigerada continuidade territorial que ela se faça ao contrário.
Pena é que tenha de ser uma empresa espanhola a fazê-lo.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Casa arrombada, trancas à porta

O conselho do Governo Regional da Madeira decidiu criar um "Plano de Abastecimento do Arquipélago da Madeira" na sequência dos problemas criados pela paralisação dos transportes terrestres de mercadorias que afectou a distribuição de bens estratégicos no continente.
Afirma o Exectuvivo que a decisão foi tomada face à inépcia do Estado Português e da legislação vigente para fazer face à complexidade dos problemas.
Tal Plano visa minimizar os problemas de abastecimento da Região em situações de anomalia e de consequente dificuldade de capacidade de resposta.
Diz a Região que a paralisação dos camionistas pôs em cheque o Estado Central.
Em parte, concordamos com isso.
Contudo, não tenhamos ilusões ou, qualquer dia, teremos de engendrar um Plano contra a maquiavélica globalização ou negociar com Chavez a importação de crude, directamente da Venezuela para a Madeira.
A reacção do Governo Regional faz-me lembrar aquela peça de teatro chamada "Plano de Abastecimento", uma adaptação da obra de Luís Mourão.
A sinopse é a seguinte:
A acção desenrola-se numa ilha deserta onde um homem e uma mulher (personagens principais da peça) se revezam na árdua tarefa de cavar um buraco suficientemente grande.
Durante a escavação, as duas personagens mantêm um diálogo que gira em torno das difíceis condições de vida na ilha.
A certa altura as personagens, já exaustas e famintas, encontram água.
Este inesperado acontecimento vai trazer repercussões não só na vida do homem e da mulher mas também na vida da própria ilha.
Moral da história:
Resta-nos cavar um buraco. Não à procura de água mas, talvez, de petróleo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Parabéns à Diocese do Funchal

Nesta data, em 1514, Leão X criava a Diocese do Funchal.
Parabéns aos que fizeram, fazem e farão com que a Diocese seja uma instituição respeitável...
Na certeza que ninguém é imaculado...
Todos têm os seus pecadilhos...
Mas os homens passam e as instituições ficam...
Ou como diaria São Lucas "Somos servos inúteis porque apenas fizémos o que devíamos"

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Alargar horizontes

A comissão política regional do PSD-Madeira diz que vai aproveitar as Eleições Legislativas Nacionais de 2009 para plebiscitar o que pensa o povo da Madeira, nomeadamete em matéria de revisão constitucional.
Há coisas assim... a fazer lembrar aquele provérbio clássico: "'Aqui termina o mundo', diz o cego ao tocar na parede"

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia de Portugal (ou da Raça?)

No Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades ficou mal ao presidente da República, Cavaco Silva falar em Dia da "Raça". Designação infeliz que fez lembra aquela famosa cena do "bolo rei".
Uma pesquisa no Dicionário de Língua Portuguesa On-line revela o seguinte sobre a palavra "Raça":
a primeira e maior divisão do género humano;
conjunto de indivíduos que conservam, entre si, por hereditariedade, caracteres psicofísicos semelhantes;
conjunto dos ascendentes e dos descendentes de uma família, de um povo;
geração;
casta;
origem;
classe, estirpe;
espécie;
qualidade;
réstia de sol;
greta no casco das bestas.
Será que Cavaco se referia a este último significado??!!

sábado, 7 de junho de 2008

Pensamento do dia

"Não diga tudo quanto sabes
não faças tudo quanto podes
não creias em tudo quanto ouves
não gastes tudo quanto tens

porque
quem diz tudo quanto sabe
quem faz tudo quanto pode
quem crê em tudo quanto ouve
quem gasta tudo quanto tem

muitas vezes
diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
gasta o que não pode"

Provérbio Árabe

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pensamento do dia

"Um louco atira uma pedra ao mar e vários outros loucos juntam-se para de lá a retirar"
Provérbio grego

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Pensamento do dia

"Não é possível viver feliz sem ser prudente, honesto e justo, nem prudente, honesto e justo sem ser feliz"
Provérbio grego

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O preço da vida

O Tribunal Judicial do Funchal condenou a 18 meses de prisão, com pena suspensa pelo mesmo período, o motorista de um camião que abalroou uma viatura na via rápida, provocando a morte da condutora, com 18 anos.
Ter-se-á feito Justiça?
Do ponto de vista do condutor dir-se-á que já bastam os remorsos por ter tirado a vida a uma jovem na flor da idade.
Do ponto de vista dos familiares da vítima mortal, nem a pena máxima conseguiria atenuar a dor.
Bem sei que há uma responsabilidade criminal (a que foi agora proferida) e uma responsabilidade civil.
Mas nenhuma delas trás de volta a jovem ao convívio familiar.
É certo que ninguém está livre de, andando na estrada, estar de um ou do outro lado do infortúnio.
Friamente falando, todos podemos morrer ou matar.
Os carros são armas mortíforas.
No entanto, choca saber que, o preço médio de uma vida (direito à vida), em termos de responsabilidade criminal é uma pena suspensa e que, em termos de responsabilidadee civil, não vai além do valor de um carro de média gama (entre 30 a 40 mil euros.máximo 50 mil).
Dá que pensar.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Lá vai UMa...

O Diário Cidade diz que a Universidade da Madeira está à beira do colapso financeiro.
O Jornal da Madeira diz que não é bem assim.
Comentário: "Confiança e desconfiança são, por igual, a ruína dos homens" (provérbio grego)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Entrada de leão... saída de sendeiro

À chegada à Madeira vindo de Bruxelas, Jardim moderou o discurso.
Depois de ter dito que não reconhecia um líder no PSD com menos de 50% dos votos, diz agora que não vai criar problemas a Manuela Ferreira Leite.
Pois é...
Entrada de leão saída de sendeiro.

domingo, 1 de junho de 2008

A propósito da eleição de Ferreira Leite

É a primeira mulher portuguesa a liderar um grande partido.
Reconhecemos-lhe o mérito.
A austera Ferreira Leite não vai na cantiga das ninfas insulares.
Por cá foi-se noutra cantiga (Santana Lopes).
Tal como diz um provérbio alemão: "As Mulheres podem dividir-se em dois grupos: As que não obedecem e as que mandam".
Ferreira Leite está nos dois grupos.