quarta-feira, 4 de junho de 2008

O preço da vida

O Tribunal Judicial do Funchal condenou a 18 meses de prisão, com pena suspensa pelo mesmo período, o motorista de um camião que abalroou uma viatura na via rápida, provocando a morte da condutora, com 18 anos.
Ter-se-á feito Justiça?
Do ponto de vista do condutor dir-se-á que já bastam os remorsos por ter tirado a vida a uma jovem na flor da idade.
Do ponto de vista dos familiares da vítima mortal, nem a pena máxima conseguiria atenuar a dor.
Bem sei que há uma responsabilidade criminal (a que foi agora proferida) e uma responsabilidade civil.
Mas nenhuma delas trás de volta a jovem ao convívio familiar.
É certo que ninguém está livre de, andando na estrada, estar de um ou do outro lado do infortúnio.
Friamente falando, todos podemos morrer ou matar.
Os carros são armas mortíforas.
No entanto, choca saber que, o preço médio de uma vida (direito à vida), em termos de responsabilidade criminal é uma pena suspensa e que, em termos de responsabilidadee civil, não vai além do valor de um carro de média gama (entre 30 a 40 mil euros.máximo 50 mil).
Dá que pensar.

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