quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Memórias: Lapiseiras BIC

Era a lapiseira mais barata e a mais usada na minha infância. Povoa o meu imaginário de então: A BIC toda 'ratada' por nervos à flor da pele, dentes de puberdade ou puro prazer de roer a ponta. Havia a BIC azul, a verde, a vermelha, a preta e... para os mais abonados, a laranja. Umas para escrever, outras para sublinhar o sumário.
Acontece que ficavam-se as BIC's e iam as tampas. Nem sempre se guardava a caneta BIC com a ponta para baixo. Resultado: as manchas nos estojos e na pasta eram frequentes. E dava azar lavar a pasta ou o estojo. Ainda se corria o risco de perder o ano.Ficam essas perguntas intrigantes: Por que razão existe um buraco no corpo das canetas BIC?
Agora sei que é para uniformizar a pressão dentro da caneta com a pressão fora dela. Essas aberturas, ou buracos no corpo lateral das canetas, basicamente ajudam a prevenir vazamentos de tinta. Aproximadamente 90% de todas as canetas tem essas aberturas para evitar vazamentos. O que nem sempre acontecia.
E porque razão, a 'tampinha' que encimava a caneta (era das primeiras a desaparecer às mãos de reguilhas) tinha também um buraquinho? Agora sei que era para evitar que alguém sufocasse caso a engolisse. O que não sabia e agora sei é que uma esferográfica BIC escreve entre 2 e 3 kilómetros. Que a BIC é uma empresa francesa com sede em Clichy.
Fundada em 1945, a fábrica é conhecida por fabricar produtos descartáveis de baixo custo. Diria que é a 'low-cost' das lapiseiras. E que há muitas referências às BIC. Até mete extra-terrestres. E quem leu o livro 'O Código Da Vinci', de Dan Brown, encontrou referências sobre as canetas BIC. Até Bill Gates, antes de criar o 'Windows', só assinava documentos com uma caneta BIC.

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