quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Humor
Assinado
O presidente da RAM
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Fundição..
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Extinga-se a Direcção Regional de Formação Profissional
E eles a gastar...
Poderão aceder através do site http://WWW.dre.pt
Algumas rubricas do orçamento da Assembleia da Republica
1- Vencimento de Deputados .................................................12 milhões 349 mil Euros
2- Ajudas de Custo de Deputados.............................................2 milhões 724 mil Euros
3 - Transportes de Deputados ...................................................3 milhões 869 mil Euros
4 - Deslocações e Estadas .........................................................2 milhões 363 mil Euros
5 - Assistência Técnica (??) .......................................................2 milhões 948 mil Euros
6 - Outros Trabalhos Especializados (??) ...................................3 milhões 593 mil Euros
7 - RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA...............................................961 mil Euros
8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares................................................970 mil Euros
9 - Equipamento de Informática ................................................2 milhões 110 mil Euros
10- Outros Investimentos (??) ....................................................2 milhões 420 mil Euros
11- Edificios ...............................................................................2 milhões 686 mil Euros
12- Transfer's (??) Diversos (??)................................................13 milhões 506 mil Euros
13- SUBVENÇÃO aos PARTIDOS na A. R. .................................16 milhões 977 mil Euros
14- SUBVENÇÕES CAMPANHAS ELEITORAIS ...........................73 milhões 798 mil Euros
NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é :€ 191 405 356,61 (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos)
- Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Heras, buganvilias e outras trepadeiras
Seria óptimo para a paisagem e relaxante para os condutores.
Aqui fica a sugestão!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
‘Homo urbanus periféricus’
Outrora, a periferia da cidade do Funchal começava no Ribeiro Seco, no Torreão, na Nazaré, no Chão da Loba. Santo António era ‘campo’, a Ajuda bananeiras, o Caminho do Comboio a saída da cidade.
Hoje, dir-se-ia que a periferia do Funchal estende-se desde a Ponte dos Frades, Carmo e Rancho (Câmara de Lobos) até à Tendeira e Camacha (Santa Cruz). O Caniço e as Eiras são autênticos dormitórios. E só agora o poder económico começa a despertar para estes centros periféricos onde não havia farmácias, caixas multibanco, creches, centro de dia e lares de idosos, enfim, um sem número de serviços utilitários para quem só desfruta da sua casa de manhã e à noite.
A única instituição que parece ter acompanhado este fenómeno é a Igreja Católica que, também graças ao apoio público, tem construído novos templos nestes novos centros periféricos. De resto, é ali que vive a maioria da população, dos eleitores que tanta falta fazem aos partidos políticos.
E o poder autárquico terá de apresentar um novo paradigma para esta nova realidade. O encorajamento do regresso habitacional ao centro da cidade é uma ‘aspirina’ só ao alcance de uma minoria, dos mais ricos. Sejamos realistas. Não é preciso ser bruxo nem perceber muito da lei da oferta e da procura para entender que as soluções têm de ir ao encontro das populações e não ao contrário.
Ignorar esta nova realidade sociológica, esta nova geografia humana é a ‘morte do artista’. O ‘coração’ deste novo ‘homo periféricus’ não se conquista com as fórmulas gastas de outrora. Para quê, por exemplo, construir um campo de futebol para uma população que passo dia fora do seu meio? O que essa população periférica desejaria era de um belo jardim para passear ao fim da noite e não apenas ‘blocos de cimento’, qual caos urbanístico a atrofiar a mente e o espírito de quem passou um dia a trabalhar e, à noite, precisaria de ‘arejar as vistas’ de outro modo.
É difícil criar identidade num grupo de gente que arribou num determinado sítio só porque os apartamentos são mais baratos. Mas essa gente merece atenção. E é bom que os novos governantes, os nossos partidos, os nossos autarcas estudem algo mais sobre este fenómeno.
Aqui fica a dica!
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Morte lenta!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Desviar a foz da Ribeira???!!!
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Memórias: Cultura do fogo
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Ruth Marlene na Ribeira da Janela
RIBEIRA DA JANELA - CONCELHO DE PORTO MONIZ - ILHA DA MADEIRA
PROGRAMA:
* 5ta FEIRA 26 DE AGOSTO
21,00 HORAS DJ AURÉLIO
* 6ta FEIRA 27 DE AGOSTO
... Noite venezuelana com animaçãoo das "10 FESTEIRAS"
ÀS 20,30 : ACTUAÇÃO DO GRUPO " GUASAkAkA " ( SALSA E MERENGUE ) DJ`s e
ÀS 22,00 : LA HORA LOCA
* SABADO 28 DE AGOSTO
12,00 : GIRÂNDOLA
CHEGADA DA BANDA MUNICIPAL DE CÂMARA DE LOBOS
15,00 : SAÍDA DAS SENHORAS FESTEIRAS COM A BANDA PELA FREGUESIA PARA A RECOLHA DAS OFERTAS E SEMILHAS PARA A IGREJA.
20,00 . MISSA VESPERTINA.
21,30 : ACTUAÇÃO DO GRUPO MUSICAL " BANDA FIXE "
22,30 :...........ACTUAÇÃO DE "RUTH MARLENE " COM A SUA BANDA AO VIVO........
24,00 : ACTUAÇÃO DO GRUPO MUSICAL " BANDA FIXE "
*DOMINGO 29 DE AGOSTO
15,30 : MISSA SOLENE EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA ENCARNACÃO CANTADA PELO GRUPO CORAL DE BOAVENTURA.
SEGUIDA DE PROCISSÃO ACOMPANHADA PELA BANDA E O POVO EM GERAL.
18,00 : ACTUAÇÃO DO GRUPO ANIMATURA DE BOAVENTURA (MÚSICA POPULAR)
20,30 : ACTUAÇÃO DO GRUPO MUSICAL DE JORGE CANHA
22,30 : ACTUAÇÃO DE " SIDÓNIO SILVA " COM O LANÇAMENTO DO SEU NOVO CD ( O POVO A CANTAR )
23,30 : ACTUAÇÃO DO GRUPO MUSICAL DE JORGE CANHA
domingo, 22 de agosto de 2010
Humor
Será que terá como destinatários todos os que saíram traumatizados do sistema?
sábado, 21 de agosto de 2010
Alargamento, onde?
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Fábula
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Memórias: São José
Ribeira da Janela festeja São José
Festa de São José ficou marcada, uma vez mais, pela forte presença de emigrantes
Data: 17-05-2010 (Diário de Notícias)
A freguesia da Ribeira da Janela celebrou ontem mais uma homenagem a São José. O acto mais marcante da cerimónia religiosa foi a celebração de uma missa solene, culminada com uma procissão bastante participada.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Descubra as diferenças
"Confesso que a certa altura os resultados não apareciam e fiquei preocupado com a direção técnica da equipa, mas o Mitchell Van der Gaag demonstrou como técnico e como homem o seu valor. Na minha opinião deveria continuar, mas não quero interferir. Se continuar, merece o meu apoio, mas não é a mim que compete essas questões, mas sim à SAD".
segunda-feira, 10 de maio de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Derrocada
domingo, 4 de abril de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Brincar aos ralis!
terça-feira, 16 de março de 2010
Inabilidade política
sexta-feira, 5 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Um zandinga que era engenheiro
É um artigo impressionante, premonitório, publicado em Janeiro de 1985, no Diário de Noticias do Funchal.
Este artigo foi uma verdadeira advertência antecipada do Eng. Silvicultor Cecilio Gomes da Siva para o que aconteceu, no Funchal, no passado dia 20 de Fev. 2010
Vejam:
Artigo publicado no dia 13 de Janeiro de 1985 no jornal “Diário de Notícias” do Funchal
“Eu tive um sonho
Cecílio Gomes da Silva*
Traumatizado pelo estado de desertificação das serras do interior da Ilha da Madeira, muito especialmente da região a Norte do Funchal e que constitui as bacias hidrográficas das três ribeiras que confluem para o Funchal, dando-lhe aquela fisiografia de perfeito anfiteatro, aliado a recordações da infância passada junto à margem de uma das mais torrenciais dessas ribeiras – a de Santa Luzia – o mundo dos meus sonhos é frequentemente tomado por pesadelos sempre ligados às enxurradas invernais e infernais dessa ribeira. Tive um sonho.
Adormecendo ao som do vento e da chuva fustigando o arvoredo do exemplar Bairro dos Olivais Sul onde resido, subia a escadaria do Pico das Pedras, sobranceiro ao Funchal. Nuvens negras apareceram a Sudoeste da cidade, fazendo desaparecer o largo e profundo horizonte, ligando o mar ao céu. Acompanhavam-me dois dos meus irmãos – memórias do tempo da Juventude – em que nós, depois do almoço, íamos a pé, subindo a Ribeira de Santa Luzia e trepando até à Alegria por alturas da Fundoa, até ao Pico das Pedras, Esteias e Pico Escalvado. Mas no sonho, a meio da escadaria de lascas de pedra, o vento fez-nos parar, obrigando-nos a agarrarmo-nos a uns pinheiros que ladeavam a pequena levada que corria ao lado da escadaria. Lembro-me que corria água em supetões, devido ao grande declive, como nesses velhos tempos. De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e um ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço. Quanto durou, é difícil calcular em sonhos. Repentinamente, como começou, tudo parou; as nuvens dissiparam-se, o vento amainou e a luz voltou. Só o ruído continuava cada vez mais cavo e assustador. Olhei para o Sul e qualquer coisa de terrível, dantesco e caótico se me deparou. A Ribeira de Santa Luzia, a Ribeira de S. João e a Ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava via-os transformarem-se numa só torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A Ribeira de Santa Luzia, bloqueada por alturas da Ponte Nova – um elevado monturo de pedras, plantas, arames e toda a ordem de entulho fez de tampão ao reduzido canal formado pelas muralhas da Rua 31 de Janeiro e da Rua 5 de Outubro – galgou para um e outro lado em ondas alterosas vermelho acastanhadas, arrasando todos os quarteirões entre a Rua dos Ferreiros na margem direita e a Rua das Hortas na margem esquerda. As águas efervescentes, engrossando cada vez mais em montanhas de vagas espessas, tudo cobriram até à Sé – único edifício de pé. Toda a velha baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama. A Ribeira de João Gomes quase não saiu do seu leito até alturas do Campo da Barca; aí, porém, chocando com as águas vindas da Ribeira de Santa Luzia, soltou pela margem esquerda formando um vasto leito que ia desaguar no Campo Almirante Reis junto ao Forte de S. Tiago. A Ribeira de S. João, interrompida por alturas da Cabouqueira fez da Rua da Carreira o seu novo leito que, transbordando, tudo arrasou até à Avenida Arriaga. Um tumultuoso lençol espumante de lama ia dos pés do Infante D. Henrique à muralha do Forte de S. Tiago. O mar em fúria disputava a terra com as ribeiras. Recordo-me de ver três ilhas no meio daquele turbilhão imenso: o Palácio de S. Lourenço, A torre da Sé e a fortaleza de S. Tiago. Tudo o mais tinha desaparecido – só água lamacenta em turbilhões devastadores.
Acordei encharcado. Não era água, mas suor. Não consegui voltar a adormecer. Acordado o resto da noite por tremenda insónia, resolvi arborizar toda a serra que forma as bacias dessas ribeiras. Continuei a sonhar, desta vez acordado. Quase materializei a imaginação; via-me por aquelas chapas nuas e erosionadas, com batalhões de homens, mulheres e máquinas, semeando urze e louro, plantando castanheiros, nogueiras, pau-branco e vinháticos; corrigindo as barrocas com pequenas barragens de correcção torrencial, canalizando talvegues, desobstruindo canais. E vi a serra verdejante; a água cristalina deslizar lentamente pelos relvados, saltitando pelos córregos enchendo levadas. Voltei a ouvir os cantares dolentes dos regantes pelos socalcos ubérrimos das vertentes. Foram dois sonhos. Nenhum deles era real; felizmente para o primeiro; infelizmente para o segundo.
Oxalá que nunca se diga que sou profeta. Mas as condições para a concretização do pesadelo existem em grau mais do que suficiente.
Os grandes aluviões são cíclicos na Madeira. Basta lembrar o da Ribeira da Madalena e mais recentemente o da Ribeira de Machico. Aqui, porém, já não é uma ribeira, mas três, qualquer delas com bacias hidrográficas mais amplas e totalmente desarborizadas. Os canais de dejecção praticamente não existem nestas ribeiras e os cones de dejecção etão a níveis mais elevados do que a baixa da cidade. As margens estão obstruídas por vegetação e nalguns troços estão cobertas por arames e trepadeiras. Agradável à vista mas preocupante se as águas as atingirem. Estão criadas todas as condições, a montante e a jusante para uma tragédia de dimensões imprevisíveis (só em sonhos).
Não sei como me classificaria Freud se ouvisse este sonho. Apenas posso afirmar sem necessidade de demonstrações matemáticas que 1 mais 1 são 2, com ou sem computador. O que me deprime, porém, é pensar que o segundo sonho é menos provável de acontecer do que o primeiro.
Dei o alarme – pensem nele
Lisboa, 11 de Dezembro de 1984
*Engenheiro Silvicultor”