terça-feira, 20 de maio de 2008

Maldita liberalização!

Estamos a ser trucidados pelas ideias neoliberais.
Como se já não bastasse a liberalização do mercado da energia eléctrica em baixa tensão (a liberalização da electricidade para clientes domésticos);
Como se já não bastasse a liberalização do aborto até às dez semanas;
Está aí a liberalização (ou melhor, o efeito da liberalização) do transporte aéreo Continente/Madeira;
Está aí o efeito da liberalização do preço dos combustíveis;
Há ainda quem preconize a liberalização das drogas leves;
A liberalização do Serviço Postal.
Ora, é importante que as populações se consciencializem dos perigos inerentes à liberalização.
Ela é-nos vendida como um BEM mas o bolso acusa um MAL.
A liberalização significa um clima de liberdade e de autonomia mas não significa, efectivamente, mais liberdade.
Antes pelo contrário,
A ditadura da liberalização sujeita-nos a espartilhos que nem as ditaduras económicas ousariam prescrever.
A doutrina económica que defende a absoluta liberdade do mercado é um falso paradigma... um presente envenenado em papel de embrulho de capitalismo.
Cuidado com os slogans: “Res mullius est primi capientes” (A coisa de todos é do primeiro que a agarrar).
É que “Auro suadente nihil potest oratio” (Perante o conselho do dinheiro o discurso não vale nada)
E tenham em atenção que “Pecuniae omnia oboediunt” (Todas as coisas obedecem ao dinheiro)
“Arcus mimus intensus rumpitus” (O arco demasiado estendido rebenta)
E o apelo que se faz é que “Contraria contrariis curantur” (As coisas contrárias curam-se com as coisas contrárias)

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