sexta-feira, 11 de julho de 2008

O "crime" do padre Amado


O julgamento do Pe. Martins Júnior, acusado de exercer indevidamente por estar suspenso "a divinis", foi adiado pelo Tribunal de Santa Cruz.
Diria que Deus escreve direito por linhas tortas.
O arguido (é assim que a Justiça trata todos os cidadãos) é acusado pelo Ministério Público (29 de Outubro de 2001) da prática, de forma continuada, do crime de "abuso de designação, sinal ou uniforme", depois de ter sido suspenso a "divinis" em 27 de Julho de 1977, decisão reconfirmada a 07 de Janeiro de 1985".
É o crime do padre Amado.
Amado pela população da Ribeira Seca (ou boa parte dela) há mais de 30 anos.
Por mais voltas ou reviravoltas que se dê chega-se à máxima "ou é do malho ou é do malhadeira".
Porque se importuna o MP com um crime cuja pena máxima abstractamente aplicável não vai além dos seis meses de prisão?
Há tanta forma airosa de sair das situações...
Espero e desejo que haja uma solução extra-judicial para o problema.
Há abertura da Diocese (desde Maio de 2007) e do Pe. Martins.
Se é certo que Martins Júnior não se livra do labelo que sobre ele recaiu (será sempre apontado como uma ovelha tresmalhada) não é menos certo que o sacramento do sacerdócio, para quem o quer -e Martins Júnior quere-o, assim como a população da Ribeira Seca- é para toda a vida.
A reconciliação pode não ser fácil, mas o que representa... vale a pena.
Afinal, Cristo também veio à Terra para realizar a obra de reconciliação.
Afinal, o voto de obediência à Igreja (hierarquia) não tudo.
Antes OBEDIÊNCIA A DEUS...

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