quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz ano novo

2009 ano do Boi no horóscopo chinês.
Boas entradas!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Memórias de infância: Aparição ou alucinação?

Lembro-me como se fosse hoje. Faz parte das minhas recordações de infância e das provocações que fazíamos aos adultos.
Havia um senhor na Ribeira da Janela que, sempre que espicaçado pela pequenada, e já com uns copitos aviados, contava uma história que ninguém levava a sério.
A história da aparição de Nossa Senhora no Poio de Joana.
O Poio de Joana é um socalco situado na fajã das Conteiras, na freguesia da Ribeira da Janela. Algures na antiga vereada que liga a Eira da Achada às Contreiras.
A Ponta das Contreiras é uma fajã solarenga situada a uma latitude 32.8333 e uma longitude -17.15, com condições óptimas para a produção de vinho.
Antes de ser descoberta pelos surfistas, as Contreiras sempre foram aproveitadas pelos habitantes da Ribeira da Janela para produzir vinho.
Cada família tinha lá um ou mais poios e era um regalo, na época da vindima, ver o movimento das Contreiras, com gente a pernoitar nos palheiros ali existentes para começar cedo a labuta.
Voltando à história da aparição.
O pai dos mudos (o senhor que atrás vos falei tem um casal de filhos mudos) contava que numa das vezes em que preparava a vinha (talvez na época da enxertia, da poda ou da espoldra -segunda poda das vinhas, no mesmo ano-) Nossa Senhora lhe apareceu no Poi de Joana.
A pequenada, para desconversar, ainda contra-argumentava que o que tinha visto era uma pele de cabra (resultante de uma carcaça do animal) mas o velhinho lá mantinha, entre um sorriso de dentes serrados, a sua versão.
António Santos (assim se chama o senhor) até transmitia o que Nossa Senhora lhe terá dito: "António, bebe e anda!".
A mensagem não será tão profunda como os três segredos de Fátima mas aqui fica a homenagem póstuma a tal figura da Ribeira da Janela (e outras figuras típicas como o rocheiro se podiam evocar -fica para outra ocasião) e à história da pele de cabra no Poio de Joana.
Verdade ou alucinação, fica a dúvida...

Um grande impacto mas um bom exemplo

Esta é a maior central fotovoltaica do mundo conectada na totalidade à rede, e representou um investimento de 261 milhões de euros.
Está situada na Amareleja, em Moura (continente) e ocupa uma extensão de 250 hectares.
Produzirá anualmente 93 milhões de kWh, o equivalente ao consumo eléctrico de mais de 30 mil lares portugueses.

Comentários:

1) O que me questiono é porque só agora (e pela mão de um deputado do PSD-Madeira) os privados começam a produzir, na Madeira, energia alterantiva.

2) Ainda assim, com o monopólio da 'EEM' que, com os seus lobies e com um núcleo restrito de empresários, faz o quer nesta matéria. Veja-se o que se passa com a energia eólica.

3) Seria um desafio interessante se uma parte do território da Madeira (por exemplo um concelho ou uma freguesia) decidissem produzir, alterantivamente, a sua própria energia (através do vento, do mar ou de mini-barragens hidroeléctricas) libertando-se das amarras da 'EEM'. Fica o desafio! É caro a curto prazo mas barato a longo....

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

BOM NATAL!


Desistir no ensino básico (o algodão não engana)

A Madeira é a região do país com maior taxa de retenção e desistência no ensino básico, registando mais do dobro dos valores dos Açores, segundo os Anuários Estatísticos Regionais ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os documentos, que compilam as indicações estatísticas nacionais à escala regional e municipal, a Região Autónoma da Madeira regista uma taxa de retenção e desistência na ordem dos 16,2%: 8,3% no 1º ciclo, 16,7% no 2º ciclo e 26,8% no 3º ciclo.
A Região Autónoma dos Açores tem uma taxa de retenção e desistência de 7,7%: 4,8% no 1º ciclo, 11,7% no 2º ciclo e 9,3% no 3º ciclo.
No Continente, segundo os dados, o Alentejo Litoral tem a maior percentagem (13%), seguido da península de Setúbal e Baixo Alentejo.
O maior problema no Alentejo Litoral está ao nível do 3º ciclo do ensino básico com 22,3% de desistências e retenções, seguindo-se o 2º ciclo com 15,4% e o 1º ciclo com 4,8%.
Na península de Setúbal os indicadores do INE apontam para uma taxa de retenção e desistência de 12,5%, destacando-se nesta região o concelho de Setúbal com 14,8%, Moita (13,8%) e Almada (13,1%).
O Baixo Alentejo detém uma taxa de retenção e desistência de 12,2%.
Em oposição, a região Pinhal Interior Sul tem a mais baixa taxa de retenção e desistência: 5,9%.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Veja quanto vai custar a ALM em 2009 (os números do escândalo)



É um escândalo.
O Parlamento da Madeira gastará em 2009 mais sete milhões do que a Assembleia dos Açores.
Acresce que a Assembleia açoriana compensa o aumento de deputados com redução nas subvenções e número de funcionários dos grupos parlamentares.
Quer isto dizer que um deputado "rende" ao seu partido na Madeira quase sete vezes o valor da subvenção atribuída pela Assembleia dos Açores por cada eleito.
O parlamento madeirense terá em 2009 um custo global superior em 70 por cento ao do seu congénere açoriano, apesar de este ter mais dez deputados.
A Assembleia Legislativa da Madeira, com 47 deputados, gastará 17 milhões de euros em 2009, mais sete milhões que o parlamento dos Açores com 57 mandatos.
A grande diferença, em termos de custos, advém do apoio financeiro à actividade parlamentar, encargo que na Madeira é assumido como forma indirecta de financiamento dos partidos, servindo para suportar as mais dispendiosas campanhas eleitorais do país.
Nesta região, cada partido recebe anualmente 14 prestações de 15 salários mínimos regionais (SMR) por deputado, enquanto nos Açores o apoio mensal era de três SMR por deputado, com a garantia de um número mínimo de dez salários.
No entanto, segundo a proposta de alteração à lei orgânica da Assembleia dos Legislativa dos Açores, apresentada pelo PS, não só este valor mínimo deixará de existir, como também o factor multiplicador daquela fórmula baixa de três para 2,5.
Daí resulta que por cada deputado eleito na Madeira qualquer partido receba quase sete vezes mais do que por cada mandato obtido no arquipélago de Carlos César.
O orçamento da Assembleia da Madeira para 2009, aprovado na quarta-feira passada, atribui às subvenções aos grupos parlamentares e partidos cerca de cinco milhões de euros, praticamente o mesmo montante gasto anualmente na anterior legislatura, apesar de ter sido reduzido de 68 para 47 o número de deputados.
Naquele mesmo dia, o PS açoriano apresentou a proposta de alteração orgânica com que reduz o custo total dos apoios parlamentares de 864 para 807 mil euros, mesmo com mais cinco deputados e o dobro de partidos.
Esta despesa poderia atingir 2,4 milhões de euros, se todas as representações e grupos parlamentares optassem por nomear o número máximo de adjuntos, secretários e auxiliares permitido na actual legislação.
A ser aprovada a nova lei orgânica, o parlamento açoriano manterá o orçamento global nos 10 milhões de euros, compensando o encargo dos vencimentos de mais cinco deputados com os cortes nas subvenções, no número de funcionários parlamentares e nas despesas com jornadas.
Com as novas regras, as representações com um único deputado (PCP e PPM) passam a receber uma contribuição anual de cerca de 14 mil euros.
Constituídos em grupos parlamentares, o Bloco de Esquerda (dois deputados) contará com 28 mil euros, o CDS-PP (cinco) com 70 mil, o PSD (18) com 255 mil e o PS (30 deputados) com 425 mil.
Somada a subvenção à verba para encargos com estes funcionários de apoio e com material, o PPM e PCP passarão a receber um total de 50 mil euros por ano, o BE cerca de 80 mil, o PSD 400 mil e o PS 657 mil euros.
Muito mais elevadas são as subvenções atribuídas pela Assembleia da Madeira aos grupos parlamentares que totalizam quase cinco milhões de euros.
Com um deputado, o BE, a Nova Democracia e o Partido da Terra recebem, cada, cerca de 92 mil euros por ano, o PCP e o CDS-PP (com dois) 185 mil, o PS (com sete) 644 mil e o PSD (33 deputados) mais de três milhões de euros.
Devido a uma auditoria do Tribunal de Contas que considerou ilegal tal financiamento, o PSD recuou na proposta que alterava a fórmula para repartir equitativamente os 6,2 milhões das subvenções despendidos pelo parlamento na anterior legislatura, quando tinha mais 21 deputados.
Excluída a subvenção estatal (19,1 milhões) atribuída este ano aos partidos nacionais em função dos votos, a Assembleia da República, com quase cinco vezes mais deputados (230) que o parlamento da Madeira, concede quase sete vezes menos a título de subvenções aos grupos parlamentares, num total de 823 mil euros, sendo de 653 mil os apoios para encargos de assessoria aos deputados e outras despesas de funcionamento.

Orgânicas atrasadas

Parece mentira mas, ainda estão a ser publicadas a "conta gotas", no JORAM e no Diário da República, as orgâncias dos vários departamentos do Governo Regional.
A última publicação no JORAM é de 15 de Dezembro último, e refere-se à estrutura orgânica da Direcção Regional para a Administração Pública do Porto Santo.
O espanto é que as eleições regionais antecipadas que decidiram um novo Governo na Madeira foram ...em Maio de 2007.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Contra a banalização das noites do mercado

Ele há em São Vicente, em Santa Cruz, no Estreito de Câmara de Lobos....
Basta de falta de originalidade!
Sou contra a banalização de uma iniciativa que, genuinamente, nasceu no Funchal.
O mundo rural já tem as suas peculiaridades... deixem-se de imitações...

Quem é a Leopoldina?

Por cá, há uma nova Leopoldina... O PND!

Faz lembrar aquela história do Robin dos Bosques!

Tira aos ricos para dar aos pobres.

Para os mais idosos, foi uma autêntica Leopoldina natalícia os 30 euros do PND...

Remédio contra a crise!


Evasões...


Há tubarão na costa?

O novo 'jackpot' para os partidos políticos



102 anos crocantes!








2006 foi o ano em que a Kellogg’s celebrou 100 anos.
A Kellogg’s é uma das 100 empresas mais antigas do mundo.
Actualmente, está presente em mais de 180 países, emprega mais de 25 mil pessoas e tem 19 fábricas a produzirem os cereais mais consumidos no mundo.
Os cereais da Kellogg’s foram criados por acidente quando os irmãos Kellogg se esqueceram do trigo cozido dentro do forno torrando-os. Desta forma, obtiveram uns flocos ligeiros e crocantes.

sábado, 20 de dezembro de 2008

RIP

Aos 95 anos morreu Jorge Silva, decano da fotografia e considerado o mestre do retoque na Madeira.
Em 1960 tornou-se responsável pela Photografia Vicente hoje transformado no Museu Vicentes na Rua da Carreira.
A par da fotografia era também um adepto 'ferranho' do Marítimo e sócio nº1 do clube do Almirante Reis.
Jorge Silva, pai do jornalista Vicente Jorge Silva, faleceu sexta-feira à noite em Lisboa.

Não conheci pessoalmente este simpático senhor mas a sua imagem inspira-me serenidade.

Pelas ruas da cidade, passei por ele como um anónimo, mas nunca com indiferença.

Rest In Peace!

Parabéns RTP-M!

Parabéns à RTP-Madeira pela sua mensagem de Natal em forma de canção

Gostei

É diferente

Envolve toda a família RTP-M (os que fazem a televisão, e não são poucos)

Madoff (leiam ao contrário)


Não gosto de brincar com estas coisas e muito menos com o nome das pessoas mas esta tem piada.

Diz respeito ao financeiro norte-americano Bernard Madoff, acusado de uma gigantesca fraude de 50 mil milhões de dólares.

Steven Spielberg é uma das vítimas da fraude bilionária e, por cá, pelo menos duas entidades ancárias portuguesas já viram a público reconhecer que tinham aplicações em fundos de risco de Bernard Madoff.

Bernard Madoff foi preso e confessou ter defraudado investimentos no valor de 50 bilhões de dólares, num esquema que ruiu depois de vários clientes terem começado a pedir o resgate do dinheiro investido devido à crise financeira.
As autoridades americanas afirmaram que Madoff prometia lucros esplêndidos aos seus clientes, utilizando o dinheiro de investidores novos para pagar os antigos, esquema conhecido como "fraude pirâmide".
O golpe funcionou enquanto Madoff conseguia atrair novos clientes, mas com a chegada da crise menos pessoas estiveram dispostas a começar um investimento, e retiraram cada vez mais os seus activos do mercado financeiro, o que gerou o colapso do esquema.


Agora vejam o nome MADOFF ao espelho: FFODAM-se

E quando a imunidade "salva" outros?

Publicou o 'JM' uma local sobre o processo que opôs o actual administrador do 'JM' ao ex-deputado da UDP, Paulo Martins.
O título era este e sobre os conteúdo nada tenho a comentar porque a peça nem vem assinada:
"Paulo Martins 'salvo' pela imunidade parlamentar"
Ora, o que se me apraz dizer é o seguinte:
E quando a imunidade parlamentar "salva" outros? Tal é notícia no 'JM'?
Não está o parlamento regional pejado de 'imunes' com processos-crime pendentes?
Não houve um célebre senhor que até evocou a condição de conselheiro de estado?
Tenho para mim, qualquer que seja o interveniente, que imunidade rima com imundice. Mas para TODOS...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Madeirenses contra madeirenses?


Lembram-se da frase segundo a qual não era bonito ver madeirenses contra madeirenses?

Pois é, foi proferida por Alberto João Jardim a propóstio da queixa-crime apresentada por Joe Berardo à Procuradoria-Geral da República sobre o caso BCP.

O resultado é o que se lê nas sucessivas edições dos jornais nacionais designadamente do 'Correio da manhã':

Vejam:

"Os três presidentes e os quatro administradores do BCP acusados pelo Banco de Portugal ganharam 162,3 milhões de euros em remunerações fixas e variáveis, no período compreendido entre 2002 e 2006, o que dá uma média de cerca de dez mil euros por dia.

Segundo informações dos relatórios e contas do próprio BCP, em termos médios, os nove elementos que compunham os Conselhos de Administração do banco (entre 2002 e 2006) receberam 3,6 milhões de euros por ano, só em remunerações.

Em 2002, data em que o Banco Português de Investimento (BPI) denunciou ao Banco de Portugal a utilização irregular de 'offshores' por parte de administradores do BCP para a compra de acções do banco, as remunerações dos membros do Conselho de Administração, liderado por Jorge Jardim Gonçalves, e integrando seis dos sete administradores agora acusados, totalizaram 43,4 milhões de euros, sendo que mais de 41 milhões dizem respeito à componente variável.

No ano seguinte, os mesmos elementos do Conselho de Administração ganharam 29,5 milhões. E em 2004 mais 31,3 milhões.

No exercício de 2005, Jardim Gonçalves passa a presidência a Paulo Teixeira Pinto e a remuneração do Conselho de Administração mantém-se a mesma do ano anterior; 31,3 milhões (com 26 milhões para componente variável).

No seu segundo ano à frente do BCP, Teixeira Pinto corta na remuneração da Administração que baixa para os 26,8 milhões.

Mas é em 2007, já com as investigações do Banco de Portugal suportadas por documentos que denunciavam as transacções 'offshore', e com Filipe Pinhal na presidência (depois da renúncia de Teixeira Pinto em 31 de Julho), que o Conselho de Administração do BCP tem o seu ano mais 'modesto'.

Os nove administradores receberam 4,7 milhões de euros, sem remunerações variáveis.

Para além dos administradores foram ainda acusados dois altos funcionários do banco, Luís Gomes e Filipe Abecassis, que, no entanto, continuam a trabalhar na instituição".

Comentários:

1) Como é que num ano um Conselho de Administratação ganha 43,4 milhões e noutro 4,7 milhões para gerir o mesmo banco?

2) Como é possível acontecer esquemas 'offshore' de dinhero do banco para aumentar capital do mesmo banco?

3) Será que a "consanguinidade" (MADEIRENSES CONTRA MADEIRENSES) vale se for para fechar os olhos a ilegalidades e eventuais crimes?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sapato atirado a Bush

Conferência de imprensa atribulada.
Um jornalista atirou os sapatos a George Bush.
Se a moda pega cá!...

Quem avisa...


Não tenho dúvidas...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Foi há 10 anos!

É verdade já passaram 10 anos.
Se não estou em erro foi em Outubro de 1998 que, estando eu em Canárias, o meu chefe de redacção me ligou para me deslocar de Las Palmas, onde estava, para Lanzarote, onde reside o escritor português José Saramago.

A ideia era entrevistar o novel prémio Nobel da Literatura.

E foi isso que fiz.

Foi uma aventura mas uma surpresa imensa ao ver a simplicidade com que Maria Del Pilar veio à porta me receber.

Saramago, lá dentro, com os seus incontornáveis três cachorrinhos, 'Greta', 'Pepe' e 'Camões' estava a dar uma entrevista a um canal de televisão português.

Do alto dos seus então 75 anos (iria fazer 76 a 16 de Novembro) recebeu-me com tal simpatia que me surpreendeu.

Eu um "aprendiz de jornalista" (estava no jornalismo há apenas 4 anos) e ele o vulto da literatura mundial.

Tal como Saramago que recebeu a notícia do Nobel quando aguardava calmamente no aeroporto alemão de Frankfurt, onde participou da tradicional feira anual de livros, o momento de embarcar para as Ilhas Canárias, também aguardei a minha vez para trocar uma palavras com Saramago.

Claro que naquela altura tão mediática em que o escritor estava a ser assediado por órgãos de comunicação social de todo o mundo, foi um 'achado' o 'Diário de Notícias da Madeira' conseguir a entrevista.

Para tal não terá sido alheio o facto da sua filha, Violante Saramago Matos, desde o Funchal, ter intercedido para nos receber.

O que perguntar a um nobel da literatura?

Foi esta a primeira inquietação.

Falou-se de muita coisas, desde o diploma (Prémio Nobel de Literatura acompanhado de cerca de um milhão de dólares e do que fazer com eles) até à 'censura' do então secretaria de Estado da Cultura Pedro Santana Lopes que recusou submeter 'o evangelho' a um concurso literário internacional.

Falou-se de Lanzarote e de César Manrique (seu vulto e mecenas maior), das reservas mentais em colocar os livros de Saramago (tipo 'Memorial do Convento') nos currículos escolares, do PCP, etc..

O resultado foi uma entrevista (uma das grandes da minha vida de repórter) que o DIÁRIO deu à estampa em 1998.


Tal como expontaneamento comentou Saramago quando soube do Nobel: "A língua portuguesa esperou 100 anos por isto" comento eu agora "passaram-se já 10 anos"...

José Saramago foi o primeiro escritor do nosso idioma a receber o cobiçado prémio.

"Já estava na hora", ecoou a filha mais velha, Violante, desde o Funchal, na Ilha da Madeira, onde mora.

BEM HAJA José Saramago e obrigado por tudo o que já fizeste pela literatura portuguesa!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

E as Regiões Autónomas?

Os acidentes nas estradas portuguesas já provocaram este ano 712 mortos, menos 11,8% do que os registados no mesmo período de 2007.

O números foram hoje divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

O que é interessante nesta história é que os dados dizem apenas respeito ao Continente, não abrangendo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Pergunta-se.... Porquê?

Será que a ANSR desconhece que o país é também formado pelas regiões autónomas da Madeira e dos Açores?

Será assim tão difícil somar aos dados nacionais os dados que a PSP de cá tem sempre presentes?

Fica aqui a nota à consideração de quem de direito...

O menino Aniki-bobó

Faz hoje cem anos e está aí para as curvas.
Manoel de Oliveira no seu melhor...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Adiro à tese de Raimundo Quintal

O geógrafo Raimundo Quintal divulgou um 'mail' denunciando um atentado nas dunas da Piedade inserido na sua auto-intitulada rubrica 'o melhor e o pior que a Madeira tem para oferecer'.

Reza assim:

"O Pico da Piedade é um geomonumento localizado na Ponta de São Lourenço.
Segundo o Decreto Legislativo Regional nº 11/85/M, que estabelece medidas preventivas, disciplinares e de preservação relativas ao Parque Natural da Madeira, "revela-se particularmente importante não fazer obras de construções que possam provocar alterações no meio físico e ambiente em toda a sua área".
Ora acontece que a leste do cone vulcânico encimado pela capelinha da Senhora da Piedade, em pleno Parque Natural da Madeira, está crescendo um bairro com uma densidade de construção e um impacto paisagístico incompatíveis com o prescrito na lei.

Aterrorizado com o monstro que devorou a Quinta do Lorde, não resisto em colocar duas questões ao Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais:
- aquele é um dos exemplos do desenvolvimento sustentado que muito gosta de apontar aos ecologistas inimigos do progresso?
- a Declaração de Impacto Ambiental, que tarda em divulgar sobre o mastodôntico teleférico do Rabaçal, está cientificamente tão bem alicerçada como os estudos que utilizou para autorizar as insustentáveis obras na Ponta de São Lourenço?

Acrescento uma nota:
A zona de São Lourenço é também zona de Rede Natura 2000.

Pelos vistos a CDU também anda distraída...

A CDU anunciou hoje que quer comissões de inquéritos nas juntas de freguesia do Funchal.
Baseou-se numa auditoria do tribunal de contas que detectou irregularidades na atribuição de subsídios e apoios.
Acontece que a auditoria foi noticiada pelo DIÁRIO, a 2 de Outubro último.
E já nessa altura se dizia que o Tribunal de Contas (TC) recomendava às 10 Juntas de Freguesia do Funchal "a aprovação e implementação de normas regulamentares envolvendo os critérios de atribuição, os procedimentos de acompanhamento e de controlo, e as formas de publicitação dos apoios concedidos à população residente na freguesia".
A recomendação consta do relatório de 'Auditoria às Juntas de Freguesia do Concelho do Funchal no âmbito das transferências e outras formas de apoio atribuídas na gerência de 2006', divulgado a 23 de Setembro último.

PS anda distraído!

O líder regional do PS deve andar distraído.

A 9 de Janeiro de 2008, o DIÁRIO deu conta do relatório de auditoria que o Tribunal de Contas (TC) efectuou sobre a assessoria e consultoria ao Governo Regional. E nele se fala da consultoria jurídica e a prestação de serviços forenses.

E deu conta nestes termos: "Serviços a Guilherme e a Garcia: Garcia Pereira recebeu 34 mil euros do 'vice' e Guilherme Silva 114 mil de Santos Costa"

Qual o nosso espanto, quando, volvidos 11 meses depois, João Carlos Gouveia se lembrou do relatório e remete-o para a Procurarodia-Geral da República.

Uma remissão redondante uma vez que, lembro, o Ministério Público está representado junto do TC e, para além da eventual responsabilidade financeira, tem o poder/dever de pedir extracção de certidão e remetê-la aos serviçso comuns do MP para apuramento de ventual responsabilidade criminal.

Andou mal João Carlos Gouveia.

Mal na denúncia porque confunde eventual responsabilidade criminal com eventual responsabilidade política e, em última instância, ético-moral.

Mal porque mete no mesmo saco (caso BPN) coisas diversas e patamares de intervenção diversos.

Alega que o partido tem o dever moral e ético de denunciar e alertar para estes casos.

Também a imprensa tem esse dever.

E fê-lo primeiro que os partidos políticos.