terça-feira, 21 de julho de 2009

Duas notas sobre aerogeradores

O presidente do Governo Regional inaugurou ontem, no Paúl da Serra, mais três novos aerogeradores, desta feita, num investimento do grupo Sousa.
Alberto João Jardim aproveitou a ocasião para relevar o trabalho dos empresários privados madeirenses, tendo apelado para que continuem a apostar no desenvolvimento do arquipélago, deixando para o Governo Regional o combate à mediocridade de uma minoria que está a «sofrer» com o avanço da Região.

Comentários:

1)O discurso do 'trabalhem e deixem a porrada para mim' já é velho e gasto.

2) Era de bom tom que a jornalista da RTP-M que foi cobrir o evento não o fizesse. Deveria ter pedido 'escusa' ao serviço que se supõe o chefe de redacção lhe marcou. Adivinhem porquê?

Corleone português

Ribeira da Janela

Memórias: Palavras que aprendi desde criança (R)

-Rabaçal: Sítio pitoresco hoje muito badalado por causa da construção ou não de um teleférico em plena laurissilva.
-Rajão: Instrumento musical de cinco cordas, muito conhecido do povo madeirense. Os campónios dão-lhe a seguinte afinação: ré, sol, dó, mi, lá, mas os tocadores do Funchal quando afinam o instrumento, fazem muitas vezes as três primeiras cordas subir uma oitava.
-Rãs: Conhecem-se duas espécies destes batráquios na Madeira. Uma introduzida pelo antigo Conde do Carvalhal no primeiro quartel do século XIX, vive hoje em quase todos os charcos da ilha; a outra, pequena espécie de cor verde, vive nas árvores de alguns jardins do Funchal, desconhecendo-se a época em que foi introduzida.
-Ratos: São muito vulgares na Madeira onde causam grandes devastações. Tanto o murganho como as outras espécies são animais importados, sendo de crer que viessem para o arquipélago nos tempos da colonização.
-Reclame: Palavra popular para designar publicidade.
-Rede: Espécie de maca usada na Madeira para o transporte de pessoas.
-Regedor: Actual cargo de presidente da Junta de Freguesia.
-Rego: Concavidade longitudinal que se faz num terreno para as plantações.
-Risco: É um dos pontos do Rabaçal mais dignos de serem visitados por causa dos majestosos panoramas que deles se desfrutam. Deriva o seu nome do risco que correram os trabalhadores para executarem os trabalhos da construção da levada na rocha elevada e cortada a prumo onde caem as águas. O poço do Risco, situado ao fundo da ravina e a cerca de 80 metros abaixo da levada, merece também ser visitado, mas não se pode lá chegar sem algum trabalho.
-Romarias/Festas: O povo dos campos da Madeira, geralmente de carácter alegre e expansivo, tem nas romarias uma das suas principais distracções. Entregue quase todo o ano a trabalhos que exigem um grande dispêndio de forças e de energia, ele procura nesses divertimentos o esquecimento das agruras da vida e algumas horas de deleite para o seu espírito generoso e bom.

sábado, 18 de julho de 2009

Duas notas

OBRAS NOS BARREIROS: Não sou contra o facto do Marítimo ter o seu estádio mas é esquisito a fuga para a frente de fazer obras sem que a CMF tenha ainda se pronunciado... É apenas mais uma obra clandestina como há tantas no Funchal. Basta dar um salto às zonas altas para ver que os fiscais municipais fecham os olhos a obras de fim-de-semana.
QUINTA DO LORDE: Também não sou contra o investimento privado e sou sensível à criação de postos de trabalho numa altura em que eles escasseiam. Contudo, tenho as minhas dúvidas que o projecto 'Quinta do Lorde' seja imaculado no seu licenciamento, desde o início do processo. É que o MP nem uma vírgula detectou de errado o que é estranho face ao que sabemos ser o emaranhado de leis portugueses para licenciar uma coisa em Portugal...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Diniz acredita no Pai Natal...

O Representante da República na Madeira afirmou hoje estar "convicto" que não foi o presidente do Governo Regional o autor dos fundamentos "injustos" da proposta de revisão constitucional do PSD/M para a extinção do cargo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Memórias: Palavras que aprendi desde pequeno (P)

-Paiol: O paiol é, normalmente, o sítio onde a pólvora era armazenada (conceito militar). Contudo, no campo, chama-se paiol a uma amontoado de qualquer coisa. Por exemplo, paiol de feiteira.
-Palha-Carga: Nome vulgar de uma graminea com folhas largas. Esta planta é frequente nas ravinas do interior da Madeira.
-Palheiros: São conhecidos por esta designação os locais onde se guarda o gado (estábulos). No sobrado, guarda-se, normalmente, a feiteira e outras alfaias agrícolas.
-Papinha: Ave indígena que cria desde Maio até Junho. Chega a por sete ovos, que variam muito no tamanho e na cor. O seu canto é harmonioso.
-Papoulas/Papoilas: Há de flores brancas e de flores vermelhas. Pisando as cápsulas ou fazendo-lhes incisões superficiais, obtém-se um suco conhecido pelo nome de ópio, o qual constitui um dos mais preciosos remédios da medicina. A morfina é o principio mais activo do ópio. As pétalas da papoila vermelha são calmantes, peitorais e sudoríficas. A extracção do ópio nunca foi tentada na Madeira. Fazia parte das nossas brincadeiras de crianças.
-Paredes: Muros que suportam os socalcos. Os mais genuínos são em pedra aparelhada e os mais recentes em betão.
-Pau Branco: Árvore que se encontra na vertente norte da Madeira, sobretudo nas serras de São Vicente, Boaventura e Porto do Moniz. Produz madeira branca ou puxando um pouco a cor de rosa, muito dura, pesada e susceptível de bom pulido, que ainda hoje é usada para parafusos de lagares e quilhas de embarcações.
-Pena de Agua: É a quantidade de água precisa para encher um litro ou cerca de três quartilhos no espaço de um minuto. As águas potáveis vendem-se às penas, meias penas e quartos de pena.
-Pencas: É o nome de uma planta mas tem outros significados. Pode querer dizer nariz ou penca de banana.
-Pepinela: No Continente chamam chuchu ou caiota. Algumas pessoas alheias a estudos botânicos costumam dar o nome de pimpinela à nossa pepinela, quando é certo que não existem relações algumas entre as duas plantas. A pepinela é oriunda da América Central e produz frutos obovados ou obovado-claviformes, verdes ou brancos. A pepinela pode viver em certos casos mais de 10 anos. Os seus frutos aparecem no outono e princípios do inverno, sendo os de côr verde os mais saborosos e os brancos os mais próprios para doce. A pepinela já existia na Madeira nos princípios do século XIX, sendo os seus frutos conhecidos então de muita gente pelo nome estravagante de pepinos nelas, do qual derivou, segundo parece, a palavra pepinela.
-Pereiro: Arbusto muito cultivada na Madeira. A macieira é uma das muitas variedades desta espécie, distinguindo-se facilmente do pereiro pelos seus pomos achatados e providos de uma massa mais fina e de sabor mais agradável. Os peros encontram-se por toda a parte, sendo alguns deles bastante saborosos depois de maduros. Pode fabricar-se com eles a cidra, bebida agradável e de que se faz largo consumo.
-Pessegueiro: Árvore bastante cultivada na Madeira. É originaria da China e do Afeganistão, e produz frutos saborosissimos, glabros ou revestidos de pubescência. Há os pêssegos calvos e pêssegos revestidos de pubescência. O pericarpo destes frutos pode ser amarelo ou branco. Os pêssegos amadurecem desde Julho até Setembro.
-Pintainho: Ave vizinha do boieiro, do qual se distingue pela sua menor estatura e em ter os pés azulado-acinzentados, em vez de cor de carne. A ave é conhecida também pelo nome de pintelho, por causa dum grito particular que se lhe ouve durante o voo. No campo, chamam pintainhos ou pintos aos 'descendentes' das galinhas. São, normalmente, postos em caixotes, à luz eléctrica, para aquecer. Há ovos goros que não dão pintainhos.
-Pintarroxo: Ave que forma grandes bandos durante o inverno e a sua postura consta de 4 a 6 ovos dum branco levemente azulado, com manchas avermelhadas. Os seus ninhos são formados de raízes secas e revestidos na parte interna de pelos de animais e cabelos.
-Pintassilgo: Ave que nidifica na Madeira, mas que não tem sido achada nas outras ilhas do arquipélago. A sua postura consta de 4 ou 5 ovos dum branco levemente azulado ou esverdinhado, com pintas cor de tijolo. O ninho compõe-se de raízes delgadas no exterior e lã e outros materiais macios no interior.
-Pipa: A pipa denominada de embarque, por ser aquela de que se faz uso na exportação dos nossos vinhos, contém 418 litros, e a pipa denominada carreteira, 500 litros. O decreto n.° 5492 de 2 de Maio de 1919 fixou em 55 litros a quantidade de álcool necessário ao tratamento de uma pipa de vinho, de 500 litros.
-Pombo: Ave que habita nas montanhas da Madeira. Constrói os seus ninhos sob as árvores, criando dois filhos de cada ninhada. É talvez a mais rara das espécies de pombos que nidificam na Madeira, sendo conhecida também pelas denominações de pombo branco e pombo claro por causa da sua cor. Há uma variedade que se distingue em ter a plumagem e a cor dos pés mais escuras que no tipo da espécie. Há ainda o pombo torcaz.
-Pota: Molusco que habita os fundos além de 350 braças, mas que no verão aparece muitas vezes à flor do oceano, sobretudo nos meses de Agosto e Setembro. O sabor deste molusco quando novo, lembra o da lula e o do polvo. A pota é uma isca valiosa e muito procurada para a pesca do atum, da espada e de outras espécies.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

No continente há máfia, aqui só 'no bem sentido'!

Fiquei intrigado ao ver Alberto João Jardim, no Algarve, comparar o Governo português á máfia siciliana.
O discurso, em noite de arranque da pré-campanha para as autárquicas para lançar a candidatura de Macário Correia à Câmara de Faro, parecia um 'prêt-a-porter' do que se passa na Madeira.
Só que aqui há máfia "no bom sentido".

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Funchal a cantar 'fértil'



Há alguma semelhança, creio que não intencional, entre estas duas imagens.
A primeira refere-se ao cartaz da iniciativa 'Funchal a Cantar'. A segunda é uma representação dos espermatozóides a caminho da fecundação.
Que uma e outra sejam férteis.
A primeira em talentos musicais e a segunda em bebés que a humanidade bem precisa face ao envelhecimento demográfico.