quinta-feira, 31 de julho de 2008

Até a Galp é colonial...


O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse hoje que o seu Executivo teve de tomar a decisão de fixar preços administrativos para os combustíveis na Madeira devido à atitude "colonial" da Galp.

"Se a Galp é do Governo da República e se a Galp anda a gozar com isto, alguém os deixa gozar com isto", comentou ainda quando confrontado se não achava que deveria ser o Governo da República a assumir uma posição nesta matéria dado que os combustíveis têm descido no continente.

"Perante uma atitude destas de empresa colonial tinha de ter imediatamente uma resposta por parte do governo autónomo", disse.

Jardim colocou as coisas nestes termos:
"A Galp foi interpelada porque é que não se fazia a baixa dos combustíveis, aqui, no Funchal".

A resposta da petrolífera foi "de certo modo deselegante" (expressão usada pelo líder regional).

"Parecia até que estavam a brincar connosco", queixou-se Jardim, acrescentando que "foi uma resposta deste género: 'nem pensar nisso porque os combustíveis que estão aí ainda foram a um preço anterior', contas que eles também não fizeram quando tinham combustíveis mais baratos aqui e, portanto, têm que esperar género a colónia que se amanhe".

Comentário:

É por estas e por outros que são todos os madeirenses a sentir na pele quando as deselegâncias têm o sentido Funchal-Lisboa.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Comentários breves

O Posto Emissor do Funchal (PEF) deu hoje duas notícias supreendentes:
1.ª) O Parque Natural inicia no próximo mês uma operação de combate aos coelhos no Ilhéu do Bugio nas Ilhas Desertas.
Comentário: Será que deputado Coelho vai fazer férias para aquelas bandas?
2.ª) Os estragos do incêndio de domingo no Chão da Lagoa são consideráveis.
Comentário: Só se forem mesmo os estragos na floresta porque os estragos políticos da festa laranja foram nulos.

Estádio verde?!!!

Nos Barreiros vai nascer o 'Arena do Marítimo', um projecto orçado em mais de 46 milhões de euros, para concretizar em 20 meses.
Segundo o que foi hoje noticiado a obra deverá ser adjudicada até ao final de Outubro deste ano, para estrear no início da época 2010/2011.
O que é mais curisoso é que o projecto é "vendido" à população como contemplando a construção de um 'estádio verde', porque aproveitará todas as energias naturais.
É curioso porque da actual estrutura do estádio dos Barreiros apenas será aproveitado o rectângulo de jogo e parte da pista existente.O resto será demolido e construído de novo.
Além disso, a empreitada de construção engloba demolições e movimentos de terras, fundações, estruturas de betão armado e estruturas metálicas, impermeabilizações e outros trabalhos.
Aqui se que vê que o estádio não será assim tão verde (só se for nas cores do clube).
Diz-se também que terá capacidade para cerca de nove mil lugares, todos sentados. (Nove mil pessoas num mesmo recinto, sobretudo com os hábitos ancestrais de atirar cascas de tremoços e outros dejectos para o chão, não é nada verde).
Depois também se afirma, que o 'Arena do Marítimo' será um estádio desportivo e cultural, concebido para receber todo o tipo de eventos culturais, como concertos musicais e outros espectáculos de pequena e grande envergadura (idem, aspas em relação ao que se disse supra).
Resumindo, não é por se dizer, 'per si', que o novo estádio captará diversas fontes de energia, conservando-as (caso das águas pluviais, que serão armazenadas para rega; depois, a própria água da rega voltará a ser reaproveitada) que o estádio se torna "verde".
E o impacte ambiental, durante a fase de construção e a final?

terça-feira, 29 de julho de 2008

Parlamento de férias

O deputado do PND, José Manuel Coelho voltou hoje a fazer das suas.
Sentou-se num cadeirão de praia, com chapéu, roupa adequada ao areal enquanto lia o DIÁRIO, tudo isto junto à pequena lagoa existente junto a uma das portas do edifício do Parlamento, numa alusão crítica ao período de férias parlamentares que hoje se inicia.
Digno do "Bexiga"!!
Este tipo de comportamento, anarca, tem o mérito (se assim o podemos definir) de desmontar o 'status quo'.
Faz descer do pedestal certos figurões.

domingo, 27 de julho de 2008

Contos com vinho Madeira



Esta é a capa do livro que compila seis contos da 1.ª edição do prémio literário "Vinho Madeira" promovido pelo Instituto do Vinho da Madeira (2005).

Leiam os contos "Escolhi afogar" (Sandra Andrade); "A adega de Baco" (Jonas Andrade); "Capitão Malvasia" (Lurdes Breda); "O Vinho da Salvação" (Graça Alves); "Vermelho incandescente" (Cláudia Vieira)...

...e claro, o conto escrito pela pena que ora vos escreve: "Morre o homem, fica a fama" (Emanuel Silva)

Passo a imodéstia!!!

Boas leituras...

sábado, 26 de julho de 2008

Trastes e contrastes


Em jeito de levantar de véu, de aperitivo, Alberto João Jardim, na véspera, deixa escapar o conteúdo do discurso que fará amanhã, domingo, na Festa do PSD, no Chão da Lagoa.

Diz hoje o JM que Jardim espera que os “trastes” não subam amanhã ao planalto. Mais revela que o discurso do timoneira da Madeira "será moderado".

Está-se mesmo a ver!

Aliás, basta olhar para o 'falatório' que hoje o Diário de Notícias publica sobre as "bocas" do planalto nos últimos 30 anos.

Voltando aos "trastes", Jardim especifica quem são eles: "Todos aqueles que, por colocarem a sua ideologia marxista à frente dos direitos e interesses legítimos do povo madeirense, tentaram durante estes 30 anos que atingíssemos o progresso que atingimos".

Mas, uma consulta rápida ao Dicionário de português on-line, define "traste" da seguinte forma:

"Traste, do Latim 'transtu', bancos, qualquer móvel de uma casa; móvel velho e sem valor; objecto de estimação". Popularmente dá-se-lhe o significado de "velhaco; tratante".

Ora, atento o significado de "traste", é muito possível que muita gente da família laranja esteja incluído na expressão. Veja-se o "móvel velho e sem valor", "velhaco" ou "objecto de estimação".

Se quisermos ser mais científicos e consultar o Dicionário de Lígua Portuguesa da Porto Editora, verificámos que, à definição atrás exposta também se diz que "traste" é uma "alfaia", um" utensílio", popularmente também conhecido por "maroto", "mulher de mau comportamento moral" ou "mobília".

Mais palavras para quê?!!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tesos mas felizes


Os madeirenses continuam endividados.

Devem 9 mil milhões de euros à banca.


O último relatório do Banco de Portugal indica que os madeirenses continuam a “afogar-se” em dívidas para fazer face ao aumento das taxas de juro, que inflacionaram o pagamento das habitações.


Em um ano, o valor subiu dos 6,8 para quase 9 mil milhões de euros, sendo que 25% deste valor diz respeito ao crédito ao consumo.


Somos assim, tesos mas felizes.


O que importa são as aparências.


Vem aí o Verão e com ele as Festas.


Afoguemos as nossas mágoas em copos e algazarras.


Este fim-de-semana todos ao Chão da Lagoa


Para a semana todos ao Rali Vinho Madeira (Ainda dizem que os combustíveis estão caros....)


Para a outra todos ao Porto Santo.


Etc., etc., etc.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Jogo de espelhos


O presidente do Governo Regional, manifestou-se recentemente preocupado com os mecanismos sofisticados que têm por objectivo controlar a vida dos cidadãos.
Chegou mesmo a dizer que quer viver num Portugal livre.
«A democracia não está apenas em causa quando o poder é totalitário. Hoje, há muitas maneiras sofisticadas de controlar a vida dos cidadãos», salientou para acrescentar que o Estado está a criar mecanismos com intuito de controlar a vida das pessoas.
Manifestando o desejo de querer viver «num país livre», Alberto João Jardim salientou que não basta que haja eleições de quatro em quatro anos. «É preciso que no nosso dia-a-dia, cada cidadão se possa sentir efectivamente livre, não se sinta espiado, controlado ou manipulado».
Palavras para quê!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

terça-feira, 22 de julho de 2008

MP devia acusar MacCann


Por despacho com data de ontem (21/07/2008) proferido pelos dois magistrados do Ministério Público competentes para o caso, foi determinado o arquivamento do inquérito relativo ao desaparecimento da menor Madeleine McCann, por não se terem obtido provas da prática de qualquer crime por parte dos arguidos.
Cessa assim a condição de arguido de Robert James Queriol Evelegh Murat, Gerald Patrick McCann e Kate Marie Healy, declarando-se extintas as medidas de coacção impostas aos mesmos.
Diz a Procuradori-Geral da República que poderão ter lugar a reclamação hierárquica, o pedido de abertura de instrução ou a reabertura do inquérito, requeridos por quem tiver legitimidade para tal.
Diz ainda que o inquérito poderá vir a ser reaberto por iniciativa do Ministério Público ou a requerimento de algum interessado se surgirem novos elementos de prova que originem diligências sérias, pertinentes e consequentes.
Decorridos que sejam os prazos legais, o processo poderá ser consultado por qualquer pessoa que nisso revele interesse legítimo, respeitados que sejam o formalismo e limites impostos por lei.
Comentário:
Salvo melhor entendimento, conforme me lembrou um jurista em Maio último, o mínimo que o MP poderia e deveria fazer era acusar o casal MacCann ao abrigo do artigo 138.º do Código Penal Português.
Ora vejam o que diz o artigo e se ele cabe ou não no enquadramento dos factos:
Exposição ou abandono
1 - Quem colocar em perigo a vida de outra pessoa:
a) Expondo-a em lugar que a sujeite a uma situação de que ela, só por si, não possa defender-se; ou
b) Abandonando-a sem defesa, sempre que ao agente coubesse o dever de a guardar, vigiar ou assistir;
é punido com pena de 1 a 5 anos de prisão
2 - Se o facto for praticado por ascendente ou descendente, adoptante ou adoptado da vítima, o agente é punido com pena de prisão de 2 a 5 anos.
3 - Se do facto resultar:
a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos;
b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de 3 a 10 anos.
Esta redacção da Lei nº 65/98, de 2 de Setembro cabe bem nos factos.
Exigia-se que o MP assim procedesse contra quem, deixando os filhos em casa, foi jantar calmamente.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Coincidências!!!

Começa hoje uma campanha de desratização na Madeira.
Vinte toneladas de raticida vão ser distribuídos pelas autarquias numa acção que se estende até 2011.
É também em 2011 que haverá eleições regionais...
E que Alberto João Jardim anunciou a sua retirada da cena política.

Minas e armadilhas


A Câmara Municipal do Funchal deu ordem para parar todos os trabalhos de construção do empreendimento 'Minas Gerais'. A obra representa um investimento orçado em 12 milhões de euros e destina-se a habitação colectiva, comércio e serviços.
O projecto inicial tem a assinatura da arquitecta Elizabete Albuquerque e as alterações posteriormente introduzidas - entretanto inviabilizadas pela Câmara - são rubricadas pelo arquitecto Pedro Cunha.
O dossier ‘Mina Gerais’ remonta a Março de 2004 quando começaram as lutas dos trabalhadores para que o restaurante não fechasse. A 12 de Agosto de 2004, a Câmara Municipal do Funchal levou todos os vereadores a se pronunciarem sobre o carácter de excepção a dar ao prédio ‘Minas Gerais’. Na reunião de vereação, e muito antes dessa primeira decisão de Agosto, quando o restaurante fechou, o destino do ‘Minas Gerais’ estava traçado.
De nada valeu a posição assumida em Abril de 2005 com os arqueólogos a defenderem a munutenção do edifício e a rede nacional de cafés históricos a tomar uma posição sobre o assunto.
De nada valeu, em Dezembro de 2005, a posição do Sindicato da Hotelaria que manifestou a sua indignação com a decisão da CMF de permitir a demolição do edifício onde, durante décadas, funcionou o restaurante.
Para trás ficou a (estéril, diria eu, agora), controvérsia, em Abril de 2005, com visões distintas sobre o valor patrimonial do imóvel (até o recheio do restaurante evaporou). O vereador Duarte Gomes, do PSD, a retirar o imóvel da lista de edifícios de interesse patrimonial municipal, apesar da recomendação da Direcção Regional de Assuntos Culturais. André Escórcio, então vereador do PS, a entender que, se era proposto pela DRAC, é porque teria valor para merecer a conservação.
Hoje, resta a fuga para a frente. Um promotor que até admite ter andado depressa demais com as obras e.... memórias.
Nota: Até o insuspeito 'Jornal da Madeira' deu a notícia do embargo total ao 'Minas Gerais'. Acham isso normal!
Ou será que há aqui um 'respingo' da guerra de delfins?

sábado, 19 de julho de 2008

Via Verde para o nosso bolso


Foi hoje anunciado que o Governo Regional criou mais uma empresa (a ViaMadeira) para explorar novas estradas, nela se incluindo as que ainda vão ser construídas (Cota 500 e via-expresso Santana/São Vicente).

São 476 milhões de euros em jogo.

Diz-se que a RAM manterá uma quota de 20% no capital social da ViaMadeira. O que não se diz é por quantos anos será feita a concessão e quanto é que ela custará.

O isco para a opinião pública é que não haverá 'portagens' nessas 'scuts' que o Executivo regional agora tornou moda.

Cuidado com o logro!

Não se esqueçam do que já custou e vai constinuar a custar ao orçamento regional (anual) a Vialitoral.

Cuidado com o logro!

Não se esqueçam que o Governo Regional, numa engenharia financeira questionável, já afecta parte do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) para financiar a "Estradas da Madeira". Ou seja, 16,9% do ISP da gasolina e 37,87% do ISP do gasóleo que todas as semanas metemos nos tanques das viaturas revertem directamente para os cofres da "Estradas da Madeira".

Além disso, ainda se lembram das engenharias financeiras, ao tempo do Dr. Paulo Fontes, para assegurar as denomindas 'portagens virtuais' na Vialitoral.

Lembram-se da auditoria demolidora que o Tribunal de Contas (TC) fez à "concessão RAM/Vialitoral – 2002 e 2003" (concessão por 25 anos).

Essa mesmo... a que foi divulgada a 23 de Junho de 2005 e que concluiu que 'Vialitoral' vai custar à Região 1,18 mil milhões até 2025.

Razões de sobra para dizer que estas 'portagens virtuais' nas novas vias isto e via aquilo têm efeitos bem reais no bolso de todos nós.

Olho neles!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Intervir + (distribuindo melhor)


Está aí o Programa Operacional de Valorização do Potencial Económico e Coesão Territorial da RAM, designado por Programa 'Intervir+'.
O programa gerido pelo novel Instituto de Desenvolvimento Regional foi adoptado pela Comissão Europeia através da Decisão C (2007) 4622 de 5.10.2007.
O Programa é co-financiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), e pretende assegurar o crescimento da economia regional e o emprego, as políticas de protecção do ambiente, a coesão social e o desenvolvimento territorial.
Podem ser entidades beneficiárias públicas e privadas.
O Programa mobiliza cerca de 320,5 milhões de euros de recursos comunitários propiciados pelo FEDER que permitirão assegurar financiamentos totais de cerca de 450 milhões de euros.
Esperemos que tanto dinheiro vindo da UE seja empregue em investimentos realmente estruturantes e não para alimentar orçamentos de gestão corrente.
Que não seja para intervir + para os mesmos.
É que, por exemplo, "cabe muita coisa" (Parra entre uvas) nas rubricas "Inovação, Desenvolvimento Tecnológico e Sociedade do Conhecimento", "Competitividade da Base Económica Regional", "Desenvolvimento Sustentável" ou "Assistência Técnica".
Juízo!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vassalagem ao Palácio de São Lourenço


"Como é possível que 30 anos depois da Autonomia política regional ter iniciado a sua caminhada no pós-25 de Abril, se ande hoje a defender o papel dos “representantes”? Como é possível, que 30 anos depois de avanços e recuos da Autonomia regional, de conquistas e de derrotas, se constate afinal que a Madeira nem sequer a porcaria de uma adaptação a um lei do tabaco consegue fazer?

As perguntas não são minhas, são do social-democrata Filipe Malheiro, a propósito do novo estatuto do Representante da República (Lei nº 30/2008, de 10 de Julho) que entra em vigor a 1 de Agosto próximo.

E as reflexões foram feitas depois de o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, num artigo de opinião, ter dito esta coisa impensável: "O novo Estatuto dos Representantes da República, com o apoio dos Órgãos de governo próprio da Madeira e a hostilidade insólita dos Açores, ao contrário do que se possa dizer, no quadro das circunstâncias actuais vem de encontro aos interesses e conteúdos das autonomias regionais, e não contra Estas."

Afinal, em que é que ficámos: Nos dislates sobre a figura colonial que habita o Palácio de São Lourenço (lembram-se do 'quisto' de Jaime Ramos e das sucessivas investidas do PSD-M, do FAMA de Gabriel Drumond e do Governo Regional) ou da mais recente posição de Jardim?

É certo que Jardim conclui o artigo dizendo o seguinte: "Não concordo com a existência de um Representante da República, em permanência no território autónomo. Mas enquanto esta Entidade existir na estrutura constitucional vigente para as Autonomias, e com características presidenciais e não governativas em termos de República, obviamente que entendo ser de interesse para a Região que assuma conteúdos de magistratura de intervenção correctora, naquilo que o Estado central tem por cá".

Ainda assim, não deixa de ser uma inflexão e MUITO GRANDE, nas posições até aqui assumidas.
Afinal, tratou-se de uma lei elaborada pelo punho de Monteiro Diniz (a seu belo prazer), a solicitação de Cavaco Silva. Enviada para a Assembleia da República, todos os partidos, da esquerda à direita, assinaram e aprovaram por unanimidade (A falta que faz um Drumond ou um Jaime Ramos em São Bento!!!)

E diga-se em abono da verdade, foi ridículo ver os membros do Governo Regional, em coro, dirigirem-se ao Palácio de São Lourenço para que, durante três horas, Monteiro Diniz lhes ensinasse como é que se fazem leis. LAMENTÁVEL.

Como diria Filipe Malheiro com ou sem novo estatuto, trata-se de um "'ouvidor do reino' dos novos tempos". Malheiro que lamentou, “para dentro”, que se tenha chegado a este ponto.

Também lamento!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Iniciados do Marítimo na Venezuela

A equipa do Marítimo está a representar Portugal no Mundialito 2008 - X Torneio Internacional de Futebol de Sub-15, que se realiza na Venezuela de 12 a 20 de Julho.
No torneio participam equipas da Argentina, Brasil, Colômbia, México (duas equipas), Perú, Portugal e Venezuela, "mantendo o Marítimo a tradição de participar anualmente no Mundialito".
As equipas foram divididas em dois grupos, A e B, correspondendo ao primeiro a Argentina, México (I), Portugal e Venezuela, e ao segundo o Brasil, Colômbia, México (II) e Peru.
A 12 de Julho, (22:15 em Lisboa) a selecção de sub-15 da Venezuela jogou com o Marítimo (venceu 8-0), que se encontrou com o Desportivo Cruz Azul, do México (I), ontem, 14 de Julho (Marítimo 1- Cruz Azul 0).
O Marítimo e o Newell's Old Boy's, da Argentina, vão encontrar-se a 16 de Julho, antes das finais da competição, previstas para 20 de Julho.
Os jogos estão a realizar-se no Estádio José António de Puerto La Cruz, no Estado de Anzoátegui, 400 quilómetros a leste de Caracas.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ideias tórridas

Alberto João Jardim confirmou que vai aproveitar as “férias de trabalho” no Porto Santo para "pensar alguns assuntos", no âmbito da proposta de Revisão Constitucional que pretende apresentar na Assembleia da Madeira, até final da segunda sessão legislativa, em Julho de 2009.
Diz ainda que a Região sabe o que quer e que serão pagos juristas de "grande categoria" para redigir ideias.
Aqui vão algumas inquietações sobre o assunto:
1.º) Ainda não esgotámos as capacidades legislativas da revisão constitucional de 2004 e já estamos a pensar na de 2009.
2.º) Primeiro diz que vai pensar e depois que serão pagos juristas de grande categoria.
Sem qualquer desprimor para ninguém mas já estou a ver quem serão os "juristas de grande categoria". Os mesmos de sempre que são pagos a peso de ouro pelo Executivo e pela ALM para emitir pareceres que vão ao encontro das ideias do chefe.
3.º) O ambiente estival (com copos pelo meio no Bar do Henrique) não é propriamente o mais adequado para "pensar assuntos sérios".
Disse.

domingo, 13 de julho de 2008

Cão que lavra não morde

"O cão não ladra por valentia e sim por medo."
Provérbio Chinês

sábado, 12 de julho de 2008

Paraíso fiscal alargado?

Na abertura da 'Expomadeira', o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim indagou se "Deve ou não a Madeira, o arquipélago todo, ser uma Zona Franca, financeira, industrial, económica”.
O líder regional deve estar a falar a séria até porque diz aguardar respostas e opiniões à questão lançada na cerimónia de abertura da 'Expomadeira'.
Da minha parte, aqui vai a sugestão: Alargue todo o arquipélago a Zona Franca.
Tal como as Galápagos inspiraram a teoria da evolução das espécies, de Darwin, caro Dr. Jardim, que a Madeira seja transformada num paraíso fiscal.
Não está certo que o tio Joaquim, do Porto Moniz, não tenha as mesmas regalias que o pimpão off-shore do Funchal ou o laborioso empresário da Zona Franca Industrial do Caniçal.
Assim, os nossos empresários, em vez de terem de se deslocar ao paraíso fiscal de Nassau, nas Bahamas, ou às ilhas Caimão podem alugar um barco a remos e ir até às Desertas, à Rocha do Navio ou à Fajã dos Padres.
Só tenho uma dúvida:
Qual o estatuto que vai ter o Principado do Ilhéu da Pontinha?

Que vereação socialista é esta?


Ontem, a vereação socialista na Câmara Municipal do Funchal criticou as obras de alargamento e pavimentação do Caminho do Arieiro. Acham (vejam só) que tem passeios demasiado largos.
Sinceramente. Quem não tem vistas largas é o PS.
Também quando Fernão de Ornelas decidiu cinstruir a rua que tem o seu nome lhe disseram que era demasiado larga.
Não é para uma vereadora que já foi assessora de Ministro e deputada.
Sr.ª Dr.ª Isabel Sena Lino, em vez de ir ao Caminho do Arieiro, verificar as obras de alargamento e pavimentação que ali estão a ser feitas, e de denunciar algumas “falhas” que, no seu entender, vão prejudicar os moradores e os automobilistas da zona, porque não envereada por outros caminhos.
Digo-o, literalmente. Por outros caminhos que precisam de intervenção, alargamento, pavimentação.
Deixe o Caminho do Arieiro que esse já cá canta.
Reivindique outros caminhos...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O "crime" do padre Amado


O julgamento do Pe. Martins Júnior, acusado de exercer indevidamente por estar suspenso "a divinis", foi adiado pelo Tribunal de Santa Cruz.
Diria que Deus escreve direito por linhas tortas.
O arguido (é assim que a Justiça trata todos os cidadãos) é acusado pelo Ministério Público (29 de Outubro de 2001) da prática, de forma continuada, do crime de "abuso de designação, sinal ou uniforme", depois de ter sido suspenso a "divinis" em 27 de Julho de 1977, decisão reconfirmada a 07 de Janeiro de 1985".
É o crime do padre Amado.
Amado pela população da Ribeira Seca (ou boa parte dela) há mais de 30 anos.
Por mais voltas ou reviravoltas que se dê chega-se à máxima "ou é do malho ou é do malhadeira".
Porque se importuna o MP com um crime cuja pena máxima abstractamente aplicável não vai além dos seis meses de prisão?
Há tanta forma airosa de sair das situações...
Espero e desejo que haja uma solução extra-judicial para o problema.
Há abertura da Diocese (desde Maio de 2007) e do Pe. Martins.
Se é certo que Martins Júnior não se livra do labelo que sobre ele recaiu (será sempre apontado como uma ovelha tresmalhada) não é menos certo que o sacramento do sacerdócio, para quem o quer -e Martins Júnior quere-o, assim como a população da Ribeira Seca- é para toda a vida.
A reconciliação pode não ser fácil, mas o que representa... vale a pena.
Afinal, Cristo também veio à Terra para realizar a obra de reconciliação.
Afinal, o voto de obediência à Igreja (hierarquia) não tudo.
Antes OBEDIÊNCIA A DEUS...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A história dos delfins


Marcham 10 soldados, ai, mas como chove!
Um escorregou na lama, só ficaram 9.
Os nove soldados cearam biscoito, um comeu demais, só ficaram 8.
Os oito soldados seguem o cadete,
Perde-se um na estrada, só ficaram 7.
Vão sete soldados apanhar papéis,
Um foge para casa, só ficaram 6.
Estes seis soldados acharam um brinco,
Um vai ao ourives, e só ficaram 5.
Os cinco soldados encontraram um rato,
Um foge assustado, e só ficaram 4.
Os quatro soldados vão lavar os pés,
Cai um no ribeiro, e só ficaram 3.
Ficam três soldados a guardar os bois,
Um vai para toureiro, e só ficaram 2.
Dos dois um deitou-se a fazer ó - ó,
Foi-se embora o outro, e ficou 1 só.
Este era o tambor, e fez: trrum-tum-tum
Cai de cansaço, não ficou nenhum.

sábado, 5 de julho de 2008

Sobre as patifarias de adolescentes


O Comando Regional da PSP, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) identificou, no Funchal, um grupo de adolescentes pela prática de vários actos ilícitos qualificados como crime, designadamente ofensas à integridade física, dano e difamação.
Dito desta forma, parece que estamos perante um bando de criminosos.
Não é assim.
Tratam-se de adolescentes, ávidos de dar nas vistas, que fazem umas paifarias e as colocam na internet (Youtube).
São censuráveis as patifarias mas não estamos perante criminosos.
Também quando erámos pequenos tocávamos às campaínhas das portas quando vínhamos a da escola ou fazíamos telefonemas só para incomodar com chardas do género: "Sim, é o Sr. Coelho?? Pum! Pum! Está morto" ou "Fala da casa do Sr. Pinto. Talvez seja da casa do Sr. Frango. É que já passaram alguns anos que não nos víamos".
Ora, isto não é crime nem qualificado como tal. São patifarias. Ponto final.
A diferença é que antes não havia Youtube e agora há.
Continuam as ser válias as máximas:
"Chega-te aos bons, serás um deles, chega-te aos maus, serás pior do que eles."
Ou
"Não há pior inimigo que um falso amigo"
Ou ainda
"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado".
Ou seja, e traduzindo este provérbio árabe, não se censure a juventude só porque há alguns desalinhados.
Para finalizar:
"Uma grama de exemplos vale mais que uma tonelada de conselhos"
Que saibamos dar o bom exemplo mesmo na hora de censurar.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Conversa gaga ou gá-gá

Alberto João Jardim pretende transformar as eleições legislativas nacionais de 2009 num plebiscito ao aprofundamento das competências legislativas da autonomia regional.
Mas, foi à Venezuela, para emigrante ouvir, falar em referendo. A palavra foi dele.
Depois veio, por si e por interposta pessoas (Ghuilherme Silva) rectificar o que disse.
Ou seja, primeiro disse que que vai abrir em 2009 um debate com Lisboa sobre o futuro constitucional da região autónoma da Madeira, que terminará com um referendo aos madeirenses. "Vamos aprovar no parlamento da Madeira uma proposta de revisão constitucional para que no seio da Pátria se clarifiquem as competências do Estado e da região autónoma".
Depois veio dizer que toda a gente sabe que "não pode haver referendos em matéria constitucional".
Em que ficamos. Numa conversa gaga ou gá-gá!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Aprender sempre

"Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: APRENDER"
Provérbio Popular