segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O aviso da Catalunha!..

A independência da Catalunha em relação a Espanha foi defendida ontem por 94,71% dos eleitores que foram a referendo.
Os catalãs votaram em 166 municípios daquela Região espanhola cuja capital é Barcelona, numa consulta que não é vinculativa.
Estavam inscritos 700 mil eleitores mas só votaram 30%.
A cada um dos eleitores foi perguntado se “está de acordo que a nação catalã se converta num Estado de Direito independente, democrático e social integrado na União Europeia”.
O ‘sim’ obteve 94,71% dos votos e o ‘não’ 3,53%, tendo-se registado 1,76% de votos em branco e 0,34% de votos nulos.

2 comentários:

il _messaggero disse...

Resta é saber se a União Europeia estava disposta a aceita-los (muito provavelmente sim, mas face à questão e face às posições espanholas em ralações a secessões como o Kosovo - o não reconhecimento - sendo a Espanha um membro efectivo da União, creio ser pertinente a observação).

À parte disto, é preciso levar e conta que o referendo era não vinculativo. Pese tenham votado 30% dos eleitores, não sei até que ponto os apoiantes "unionistas" se mobilizaram.

Pese a região Catalunha, tenha de facto antecedentes históricos passados, o nacionalismo moderno catalão apenas aparece em finais de séc. XIX - período designado de "Renaixença" - imitando e acompanhando uma tendência muito em voga na época por essa Europa fora. A recuperação da língua, as artes - expressa no fantástico modernismo catalão de Gaudí - quer na formulação de um pensamento e corrente política que estruturava todo esta vaga.

Pese tudo isto, e ainda que possa servir de um aviso, dadas as contrapartidas que têm sido dadas pelos governos PSOE às comunidades autónomas, creio que não será nesta legislatura ou com este primeiro ministro que uma possível secessão acontecerá. Se estivesse no palácio da Moncloa um governo PP, apostaria muito mais nesta hipótese.

Unknown disse...

Deveria fazer-se um referendo aqui na Madeira para saber se os madeirenses querem ou não ser independentes e acabar com a charada do "conflito" permanente entre os governos regional e central.