terça-feira, 25 de novembro de 2008

Madeirense concorre em Coimbra

Quatro listas concorrem à Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, com a primeira volta a decorrer nos dias 26 e 27 de Novembro.

Marcos Lemos, candidato da lista U, é da opinião que "não se pode ficar só no diálogo". Disse-o hoje ao JN.


O estudante de Medicina assume como bandeira "a defesa do estudante" e entende que o Ensino Superior está a sofrer vários ataques, com os estudantes a não terem uma defesa à altura pelos seus dirigentes.


O combate ao novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, ao Processo de Bolonha e às propinas são as principais bandeiras do projecto.

A lista candidata defende “uma direcção-geral que traga os estudantes para a rua”.

O projecto U, encabeçado pelo estudante de Medicina Marcos Lemos, apresentou a candidatura aos corpos gerentes da Associação Académica de Coimbra (AAC).

De acordo com Marcos Lemos “o projecto foi criado há cerca de um ano e tem vindo a desenvolver iniciativas no que diz respeito às políticas para o ensino superior”.

“O projecto U não foi criado exclusivamente para actos eleitorais”, sublinha o estudante.

O candidato sublinha a “actual crise que o ensino superior atravessa, nomeadamente no que diz respeito ao desinvestimento, ao aumento das propinas, ao novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior e à implementação do Processo de Bolonha” e afirma que “o ensino superior é cada vez mais um privilégio de todos”.

O estudante de Medicina critica a actuação das sucessivas direcções-gerais no que diz respeito às formas de luta: “o diálogo institucional não chega: pretendemos uma direcção-geral que privilegie a luta de rua, que informe os estudantes e que os traga para a rua”.

“A luta de gabinete não resolve nada. É necessária uma direcção-geral que saia do edifício e venha para a rua”, remata.

No que concerne à relação com o reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos, o cabeça de lista defende “ uma relação que seja o mínimo indispensável”.

Marcos Lemos sublinha ainda a importância da Assembleia Magna: “a magna tem de ser credibilizada”.

Em relação às secções culturais e desportivas da AAC, o projecto defende “uma relação mais próxima com a Direcção-Geral da AAC (DG/AAC) e a oportunidade de uma maior visibilidade para as diferentes secções da casa”.

A “luta de rua” vai ser o caminho escolhido pela Lista U para mostrar o descontentamento dos estudantes face à política do Governo para o Ensino Superior.

Marcos Lemos garantiu que “ao contrário das outras direcções-gerais – que sempre privilegiaram o diálogo institucional –, a Lista U irá para a rua e será a voz dos estudantes da Universidade de Coimbra”.

Comentário:

A tradição continua em Coimbra com madeirenses activos na Associação o que não é facto inédito por aquelas bandas. Tantos madeireenses hoje ilustres passaram pela tarimba da AAC.

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