segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Memórias: Charadas populares

A pressa é inimiga da perfeição. Amigos amigos negócios à parte.Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura. A ocasião faz o ladrão. Amigos dos meus amigos, meus amigos são. Antes só do que mal acompanhado. A pobre não prometas e a rico não devas. A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina. A boda e a baptizado, não vás sem ser convidado.
A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha. A preguiça é mãe de todos os vícios. A palavra é de prata e o silêncio é de ouro. A palavras (ocasloucas) orelhas moucas. A pensar morreu um burro. Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam. Até ao lavar dos cestos é vindima.
Boi velho gosta de erva tenra. Boa romaria faz, quem em casa fica em paz. Burro velho não aprende línguas. Chuva de São João, tira vinho e não dá pão. Cada ovelha com sua parelha. Casa de ferreiro, espeto de pau. Cão que ladra não morde. Com vinagre não se apanham moscas. Candeia que vai à frente alumia duas vezes. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos. Casa onde entra o sol não entra o médico. Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Cesteiro que faz um cesto faz um cento. Com papas e bolos se enganam os tolos. De noite todos os gatos são pardos. De Espanha nem bom vento nem bom casamento. De pequenino se torce o pepino. De grão a grão enche a galinha o papo. De médico e de louco, todos temos um pouco. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és. Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer. Deus ajuda, quem cedo madruga.
Entre marido e mulher, não se mete a colher. Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Em tempo de guerra não se limpam armas. Gaivotas em terra, tempestade no mar. Gato escaldado de água fria tem medo. Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus, serás pior do que eles. Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão. Mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar. Mal por mal, antes na cadeia do que no hospital.
Manda quem pode, obedece quem deve. Mãos frias, coração quente. Mais vale cair em graça do que ser engraçado. Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. Não há romaria sem cambado. Muito riso pouco siso. Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe. Não há bela sem senão. Não há fome que não dê em fartura. Não há duas sem três. No melhor pano cai a nódoa. No aperto e no perigo se conhece o amigo. Não há sábado sem sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça.
O seguro morreu de velho. O futuro a Deus pertence. Deus escreve direito por linhas tortas. O homem põe e Deus dispõe. O que não tem remédio remediado está. O seu a seu dono. Os amigos são para as ocasiões. Os homens não se medem aos palmos. Pau que nasce torto jamais se endireita. Para baixo todos os santos ajudam. Para grandes males, grandes remédios. Pela boca morre o peixe.
Presunção e água benta, cada qual toma a que quer. Quando a esmola é grande o santo desconfia. Quem vai à guerra dá e leva. Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte. Quem sai aos seus não degenera. Quem vai ao mar perde o lugar e quem vai ao vento perde o assento. Quem com ferros mata, com ferros morre. Quem corre por gosto não cansa. Quem muito fala pouco acerta. Quem dá e tira sai uma tira. Quem diz as verdades, perde as amizades. Quem se mete em atalhos não se livra de trabalhos.
Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha. Quanto mais te agachas, mais te põem o pé em cima. Quem não chora não mama. Quem desdenha quer comprar. Quem canta seus males espanta. Quem feio ama, bonito lhe parece. Quanto mais depressa mais devagar. Quem boa cama fizer nela se deita. Quem brinca com o fogo queima-se. Quem muito escolhe pouco acerta. Quem não tem dinheiro não tem vícios. Quem não trabuca não manduca.
Quem paga adiantado é mal servido. Quem tem capa sempre escapa. Quem é vivo sempre aparece. Santos da casa não fazem milagres. São mais as vozes que as nozes. Tristezas não pagam dívidas. Uma mão lava a outra, e as duas lavam a cara. Vozes de burro não chegam aos céus. Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

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