Li há dias no JM que o Dr. Miguel Albuquerque é contra a judicialização da vida política.
Pareceu-me um desabafo de quem se sente acossado.
Para além de uma contradição (veja-se o que disse o líder do partido bem recentemente sobre o caso 'Freeport' que deveria levar Sócrates a demitir-se)
É que, quando a decisão judicial é favorável aos políticos há todo o interesse em que a população saiba.
Quando a decisão é desfavorável lá vem o lamento
"Se olharmos para as decisões patéticas de certos Tribunais Administrativos em matérias do campo político, percebemos que se ultrapassou o limite do razoável e que o princípio da separação dos poderes começa a ser posto em causa na original Democracia portuguesa", Albuquerque dixit.
Ora, a chamada “politização” da justiça é argumento utilizado por políticos. Nunca vi juízes queixarem-se.
Não está em causa o princípio essencial da Separação de Poderes mas o escrutínio de um poder sobre o outro. Pelo menos enquanto a Constituição (outra mal amada) o permitir.
Caro Dr. Albuquerque a “mediatização” da justiça também não é "nefasta" como preconiza.
É outra forma de escrutínio do poder político.
Ou terei de lhe lembrar a frase de um dos primeiros presidentes desse colosso que é os EUA: "Se me coubesse decidir se deveríamos ter um Governo sem jornais ou jornais sem um Governo, não hesitaria um momento em preferir a segunda alternativa", disse Thomas Jefferson.
1 comentário:
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