Ainda não se falava de “jeep safari”, de todo-o-terreno e de outras coisas radicais e já um jeep verdinho, do “Verdinho” subia e descia a íngreme e estreita estrada antiga da Ribeira da Janela.
Cada viagem era uma aventura.
O jeep 'willys' era o único meio para transporte de carga.
Ainda me lembro que, para evitar que a parte dianteira levantasse as rodas nas subidas, eram colocadas sacas (de areia, açúcar, farinha, sal) na grelha da frente.
O meu pai foi um desses condutores radicais.
Primeiro ao serviço do “Verdinho” e depois por conta própria.
Mais tarde juntou-se à lide o Jeep do saudoso Manuel Baptista que tinha uma mercearia (que ainda existe) na foz da Ribeira da Janela.
Aliás, por graça, as populações da Ribeira da Janela, quando a comida estava pejada de sal costumavam e ainda costumam dizer “o Baptista veio cá acima” querendo com isso dizer que trouxe o sal no Jeep.
De resto, o Jeep deu um enorme contributo à Ribeira da Janela.
Não só no abastecimento de bens de consumo como nos materiais de construção civil (cimento, areia, blocos, etc...) para a edificação das casas.
Só mais tarde se aventuraram outras viaturas na subida.
Entre elas os carochas alugados, algumas vezes pela mão de emigrantes que vinham à sua terra passar férias.
C'ma Diz o Outro #101
Há 5 dias
1 comentário:
Pois na minha infância dizíamos "djipe".
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