sábado, 8 de agosto de 2009

Basta de políticos 'anjinhos'!

A propósito da questão dos Políticos e da Justiça, muito se tem dito mas não o essencial.
É conveniente, nalguns momentos, usar expressões do género 'presunção da inocência' e 'ninguém é culpado até trânsito em julgado'. Mas, noutros momentos, só falta pedir a condenação à morte de adversários políticos.
Porquê este estado de espírito antagónico?
Porque o Estado de Direito até dá azo a diferentes estados de espírito.
Porque a liberdade é utilizada ao sabor das circunstâncias e dos momentos políticos.
Digo já que sou contra o facto de cidadãos acusados (e mais ainda de pronunciados e condenados pela 1.ª instância, ainda que sem trânsito em julgado) concorrerem a cargos públicos. Electivos ou não electivos.
Dir-se-á que o Povo é soberano.
Certo!
Mas o Povo é também uma massa amorfa sujeita à mais subtil da manipulações.
É que uma história tem sempre dois lados. E, às vezes, nem sempre o lado argumentativo mais forte é o lado da verdade e da sensatez.
Então dever-se-á retirar a um cidadão a faculdade Constitucional de eleger e ser eleito?
SIM! Tal como outras liberdades Constitucionais são mitigadas (veja-se o direito à informação e o direito à imagem. Qual dos valores prevalece?!)
Diz o ditado popular que com papas e bolos se enganam os tolos.
Temo que, na política, esta expressão encontre o seu expoente máximo.
Anjinhos só no céu!

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