quarta-feira, 18 de junho de 2008

Como?! Digam lá outra vez!

Verdadeiramente intrigante a proposta da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) de transferir os custos das facturas incobráveis da electricidade para todos os clientes.
Ainda por cima tendo a DECO a sensação de que os custos dos incobráveis já estão a ser actualmente pagos pelos clientes de forma "encapotada".
Como?! Digam lá outra vez!
Ou seja, paga o justo pelo pecador...
Seremos nós, cumpridores mensais, a pagar a factura dos caloteiros?
Bem sei que o dom da partilha e da solidariedade é verdadeiramente cristão mas não desta forma.
Este país está verdadeiramente às avessas.
Seremos nós a premiar os maus pagadores e, eventualmente, os maus gestores porque parte dos incobráveis poderá dever-se à ineficiência da empresa nessas cobranças.
Trata-se de um incentivo à malandrice, à esperteza salóia e aos crónicos e doentios comportamentos de péssima cidadania.
Indignem-se!!
Aceitem o conselho da Associação Portuguesa do Direito ao Consumo (APDC) e, se for caso disso, deitem mão da Lei dos Serviços Públicos Essenciais para recusar-se a pagar esse acréscimo.
Da minha parte, não contem comigo para desembolsar 63 euros para a empresa 'Electricidade da Madeira' limpar a rubrica das cobranças duvidosas.
Sugiro que contratem um cobrador do fraque ou recrutem um Al Pacino.
Disse!

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