Quem é que nunca foi apanhar lagartixas (e mesmo osgas -noutras paragens) e as levou para casa como troféu? Quem não sabe que a cauda de uma lagartixa cresce ainda que arrancada? Quem desconhece que, talvez atraídas pelo cuspo afrodisíaco das fêmeas, as lagartixas caem na armadilha?
Pois é, em pequeno, também andei à cata de lagartixas nas reentrâncias dos muros do caminho, com o caule de uma erva gramínea enlaçada e engodada de cuspo na ponta. Fi-lo no Ribeirinho, Casais de Baixo, Pigarro, Atalho, Murtório, Casais da Igreja, Cascalho, Charrua, Cova da Parreira, Serrado, Voltinha, Estaleiro, Eira do Pico, Fajã da Amoreira, Fajã Redonda, Ferradura, Eira do Jorge, Galinheiro, Penedo, Nogueiras, Roçada, Terra das Figueiras. Enfim, por onde os meus pais e os meus avós me levavam nas lides da terra.
Apanhar lagartixas tinha os seus truques. Tinha se estar quente e a linha do horizonte a tremer. O ideal era uma espiga de balanco ou de outra erva esguia e maleável. O laço teria de estar com o diâmetro ideal. Nem muito largo para deixar fugir a presa nem muito estreito que a fizesse desconfiar. O cuspo era sucessivamente renovado numa tarefa que hoje me dá asco. Ninguém morreu por isso.
Zás! Aí estava ela. Dependurada no laço a contorcer-se. O troféu, qual dragão, é exibido aos companheiros de brincadeira como o pescador amador exibe o seu peixe pescado à linha. O bicho debate-se, cai-lhe o rabo que fica a torcer-se como se tivesse vida autónoma.
O mesmo rabo que serve de leme em pleno voo. É que, empiricamente, comprovávamos o que estudos demonstram. Ao induzir as lagartixas a caírem de cabeça, em todas as ocasiões, os bichos conseguem mudar de posição em pleno 'voo' e cair de pé, usando a cauda como uma espécie de leme. Os gatos também são assim.
No muro e nas paredes outras lagartixas aventuram-se a por a cabeça de for a. Impotentes para valer à sua companheira de infortúnio. Algumas com um rabo enxertado/novo, sinal de outras desventuras e outras lutas.
Pois é, em pequeno, também andei à cata de lagartixas nas reentrâncias dos muros do caminho, com o caule de uma erva gramínea enlaçada e engodada de cuspo na ponta. Fi-lo no Ribeirinho, Casais de Baixo, Pigarro, Atalho, Murtório, Casais da Igreja, Cascalho, Charrua, Cova da Parreira, Serrado, Voltinha, Estaleiro, Eira do Pico, Fajã da Amoreira, Fajã Redonda, Ferradura, Eira do Jorge, Galinheiro, Penedo, Nogueiras, Roçada, Terra das Figueiras. Enfim, por onde os meus pais e os meus avós me levavam nas lides da terra.
Apanhar lagartixas tinha os seus truques. Tinha se estar quente e a linha do horizonte a tremer. O ideal era uma espiga de balanco ou de outra erva esguia e maleável. O laço teria de estar com o diâmetro ideal. Nem muito largo para deixar fugir a presa nem muito estreito que a fizesse desconfiar. O cuspo era sucessivamente renovado numa tarefa que hoje me dá asco. Ninguém morreu por isso.
Zás! Aí estava ela. Dependurada no laço a contorcer-se. O troféu, qual dragão, é exibido aos companheiros de brincadeira como o pescador amador exibe o seu peixe pescado à linha. O bicho debate-se, cai-lhe o rabo que fica a torcer-se como se tivesse vida autónoma.
O mesmo rabo que serve de leme em pleno voo. É que, empiricamente, comprovávamos o que estudos demonstram. Ao induzir as lagartixas a caírem de cabeça, em todas as ocasiões, os bichos conseguem mudar de posição em pleno 'voo' e cair de pé, usando a cauda como uma espécie de leme. Os gatos também são assim.
No muro e nas paredes outras lagartixas aventuram-se a por a cabeça de for a. Impotentes para valer à sua companheira de infortúnio. Algumas com um rabo enxertado/novo, sinal de outras desventuras e outras lutas.
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