terça-feira, 21 de abril de 2009

Que grandes 'trapalhadas'




1.ª trapalhada:
Soma e segue a 'trapalhada' do 8.º lugar atribuído ao PSD-M nas listas do PSD nacional às eleições europeias de 7 de Junho. Uma bronca que piora à medida que vamos conhecendo novos dados sobre o tema.
Primeiro foi a ida a Lisboa de Alberto João que falou à chegada na qualidade de presidente do Governo (tinha carro oficial à porta do aeroporto) mas tinha ido a Lisboa tratar de assuntos partidários (o lugar do PSD-M na lista).
Depois foi a surrealista explicação dada pelo líder do PSD-M (às portas da Quinta Vigia... Não devia ser às portas da Rua dos Netos?) sobre o 8.º lugar que era 6.º porque as quotas femininas e tal e tal... Uma explicação de mau gosto, a roçar o machismo provinciano dos descamisados rurais, de onde se infere que as mulheres servem para compor o ramalhete. Uma trapalhada. Conversa que seria para Vilão consumir!
Depois foi a 'nega' de Sérgio Marques (não sei se orquestrada ou não) e o anúncio meteórico do não menos meteórico substituto, Nuno Teixeira. Nuno que tem qualidades mas não ao ponto de ombrear com a experiência e o traquejo, por exemplo de Emanuel Jardim Fernandes ou de outros ex-eurodeputados, casos de Rui Vieira ou Virgílio Pereira. O tempo não é de 'desmamar' novos políticos...
Finalmente, a trapalhada que envolve Guilherme Silva e a manchete do 'Público'. Prova de que a história das quotas era para consumo regional e não nacional. Daí as repercussões e os desmentidos após a manchete. Com uma outra trapalhada pelo meio. Foi o adjunto da presidência do Governo (quando o assunto é partidário) a vir ontem emitir um comunicado sobre o tema. Está tudo às avessas!
2.ª trapalhada:
Soma e segue a trapalhada no partido que era da Rua do Surdo e agora é da Alfândega. Primeiro foram os afastamentos compulsivos de Victor Freitas e Jaime Leandro dos cargos dirigentes. Um afastamento nebuloso que nunca foi explicado nem pelos próprios nem pelo líder do partido, João Carlos Gouveia.
Depois foi a trapalhada da demissão de André Escórcio da liderança do grupo parlamentar, 55 dias (leu bem, 55 dias) após ter aceite o cargo. Reconheço em André Escórcio muitas qualidades mas a estabilidade não é uma delas.
Depois é o líder do partido com um discurso 'meio tonto' segundo o qual o tempo não é de desunião mas de união. Um discurso vazia porque resvala na carapaça da indiferença, no seio de um partido onde a desunião (as facções) sempre foram a imagem genética.

Sem comentários: