A relação entre a medicina pública e privada dá pano para mangas.
A promiscuidade é grande tanto ao nível dos exames complementares de diagnóstico como ao nível das consultas médicas e das intervenções cirúrgicas.
As recentes mudanças de chefias no Hospital suscitaram reacções por parte dos que estavam instalados num 'status quo' que alimentava os seus egos e os seus bolsos.
Os que saíram vociferam contra os que ditaram as mudanças (espera-se que apenas vociferem e não retaliem)
Os que entraram são caloiros nas tarefas e não querem hostilizar os que até foram seus mestres.
Os que saíram ameaçaram com a reforma e estão a torcer para que haja bronca da grossa.
Os que entraram fazem tudo para que ela não aconteça.
Quem saiu diz que já não volta (será sol de pouca dura porque não querem perder do sector público o chorudo 'pé de meia' mensal a troco de umas horas de manhã no Hospital).
Aliás, num acto de ressabiamento, vociferam contra a mão que lhes deu de comer porque sem o sector público não eram nada.
Veja-se, por exemplo, a publicitação dos médicos nos consultórios privados: Ninguém diz que é simples ortopedista, cirurgião ou ginecologista. Prefere apresentar-se como “chefe do serviço X no hospital Y” ou “docente do curso de medicina tal na Facudade Z”.
Moral da história:
Quem se lixa é o mexilhão, ou seja, o paciente/o doente... tratado como 'utente' no Hospital e com todas as pinças (diria bisturis) nos consultórios privados ou nas clínicas.
C'ma Diz O Outro #100
Há 4 dias
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