Quando o barco ameaça ir ao fundo, os ratos são os primeiros a fugir. Mas antes disso, os ratos engordam, surripiam, usam de todos os truques para sobreviver num mundo que lhes é adverso.
Dizem que se fossem bem maiores do que são, governariam o mundo. Porque também são inteligentes e argutos.
Houve uma altura em que os subterrâneos do Convento de Mafra estavam infestados de ratos, tanto que nenhum ser humano lá conseguia entrar sem ser seriamente mordido.
Tentaram-se todos os meios para, senão eliminar, pelo menos reduzir bastante o número de ratos.
Quando se tentou injectar veneno através de aberturas feitas nas paredes, os técnicos ficaram boquiabertos ao ver alguns ratos sacrificarem-se, tapando com os seus corpos as aberturas, para salvarem o resto da comunidade raticida.
A história pode parecer estranha e deslocada, mas, se pensarmos bem, o ser humano tem um comportamento muitas vezes semelhante ao dos ratos.
Veja-se o que se passa na Madeira.
Quantos empresários da construção civil e afins estão, neste momento, a fugir, qual ratos, e a investir fora da Região?
A Madeira serviu de "engorda" qual viveiro de juvenis.
Agora, os ditos empresários emanciparam-se e, à pala da internacionalização, acham que a Madeira é pequena demais para eles.
Por cá, tentou salvar o que ainda há para salvar. Dinheiros que têm a haver mas nada a dever.
Nesta terra já não investem nem um cêntimo.
Até se diz que a nova moda é arranjar testas de ferro (ucranianos e brasileiros) a quem são cedidas as quotas das empresas.
Uma vergonha.
C'ma Diz O Outro #100
Há 4 dias
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