Eram GOMAS. Umas em forma de ursinhos, outras de carrinhos ou garrafinhas. Outras ainda de lagartos ou em em forma de tijolo.
Com extractos naturais de fruta ou não, adoçadas com xarope de milho e sumo de uva ou não. Com ou sem corantes ou aromatizantes artificiais ou não.
Eram delícias com um aspecto verdadeiramente viscoso e gelatinoso.
É praticamente impossível encontrar uma criança no mundo que não tenha uma queda especial por doces.
Eu era como essas crianças de todo o planeta que recebiam a primeira "dose" de açúcar dos seus doces e guloseimas.
Vinha da África do Sul ou do Canadá. Normalmente era uma prima que os trazia.
Cada vez que tirava um ursinho de goma de dentro do pacote, seja qual for a cor do ursinho, era uma alegria enorme.
As gomas eram regateadas com os meus irmãos.
Aderiam à brincadeira.
Hoje, os 'gummibärchen', como são conhecidos na Alemanha, são não só uma maior paixão, como também a principal fonte de enorme riqueza para quem os produz.
A dinastia alemã, Hans Riegel é dona da maior empresa de doces da Europa e uma das maiores do mundo.
Hans Riegel Junior é um dos homens mais ricos da Alemanha. Os seus bens, assim como os do seu irmão Paul, são estimados em 1,6 biliões de euros.
A Haribo, gigante internacional dos doces, tem vendas anuais estimadas em 1,5 biliões de euros, detendo cerca de 60% do mercado alemão de alcaçuz e balas de goma, o que faz dela líder absoluta no mercado europeu.
Nos anos 80, a empresa começou a actuar também nos Estados Unidos. Na década seguinte, foi a vez do Leste Europeu.
O mundo dos ursinhos de goma parece não conhecer fronteiras.
A prima da África dos Sul que me os trazia estava longe de pensar que estava a contribuir para o fortuna dos Riegel.
Eu também.
Pouco me importava.
O importante era a goma.
C'ma Diz O Outro #100
Há 3 dias
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