quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O descalabro da banca começou com o BCP...

- Então Jardim Gonçalves, deste dois milhões e meio de contos ao teu filho ?
- Oh ! Pus Dei !

Começou assim a história de alguém cujo peso insustentável é ser filho de um banqueiro. Depois foi os descalabro da banca... BCP, BPN, BPP....

"Era uma vez uma sociedade de «off-shore» sediada em Gibraltar. Crystal Waters era o seu nome e o filho do banqueiro o seu sócio principal.
A Crystal Waters detinha a 'Passo a Passo', que por sua vez também controlava a 'Vasconcelos & Vasconcelos (SPRINT)'.
Para expandir e desenvolver os negócios, o filho do banqueiro contraiu diversos empréstimos junto de uma instituição bancária que lhe era familiar: o BCP.
Tinha um homem em quem confiava: um gestor de várias empresas e sociedades em que participava. De algumas empresas, o gestor chegou mesmo a ser sócio.

Um dia, quando tudo começou a correr mal e as dívidas acumuladas eram já mais que muitas, a conta corrente do gestor, entretanto caucionada, foi alvo de procedimento jurídico por parte da instituição BCP. A família está para o que der e vier, já sabemos.
Contudo...Eis que o filho do banqueiro preocupado, procura um escritório de gente da sua confiança: AM&JG. Para seu advogado escolhe um membro supranumerário da Opus Dei.
Ora, o sócio da sociedade de advogados é seu irmão.

Sim, é isso que está a pensar: a sociedade de advogados do seu irmão irá defendê-lo numa questão relacionada com o banco do seu pai.
Entretanto, alguém, à data dos acontecimentos (finais de 2004), membro do conselho de Administração e vice-presidente do BCP senta-se à mesa de negociações.
Verificando que se tratava de gente que não tinha onde cair morta o Departamento Jurídico, na pessoa do seu Director, (membro supranumerário da Opus Dei), propôs que as dívidas contraídas por aquelas sociedades fossem declaradas créditos incobráveis.

A decisão tomada pela Direcção do BCP foi favorável à proposta.
Pouco tempo depois, Jorge Jardim Gonçalves deixou o cargo que ocupava no Banco.
O que declarou Jorge Jardim Gonçalves sobre o assunto?
'Não sei de nada, as questões com clientes não passaram por mim'..

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